Amor na Maturidade

dia dos namorados - relacionamento longevo dos 50mais

Vamos falar sobre relacionamentos longevos?

As pessoas costumam sonhar com um amor duradouro, longevo, onde o casal envelhece junto e na maturidade continuam se admirando mutuamente. Referência para os amigos e a família.

Para celebrar o Dia dos Namorados, Cintia Yamamoto, Fundadora da Estilo 5.0+ convidou o casal Claudia Gerber e Paulo Gerber que está junto há décadas e que continua querendo estar, para sempre. Eles aceitaram dividir suas experiências e aprendizados com a gente.

A Claudia e o Paulo se conhecem desde os 14 anos, estão juntos há 38 anos e casados há 31 anos. Eles têm 2 filhos; o Rodrigo de 25 anos e o Marcelo com 21 anos.

Paulo é Founder & CEO da GamersCard e atuou no mercado financeiro e meios de pagamento, ocupando cargos executivos por 28 anos. Formado em Administração pela FASP com MBA na USP e cursos de especialização na Fundação dom Cabral e na Northwestern University em Chicago.

A Claudia é Designer e Administradora. Depois de trabalhar por 23 anos em grandes empresas do segmento financeiro, indústria e serviços, resolveu se dedicar ao aprendizado inicialmente de joalheria e, desde 2016 se dedica a criação de acessórios em cerâmica plástica.

Vamos saber sobre suas experiências e aprendizados em seu relacionamento!

Amizade e memórias afetivas em conjunto

O Paulo estudava numa escola na Casa Vede, onde morou na infância e adolescência. A Claudia veio estudar na mesma escola na 8a série do ginásio e durante muitos anos foram amigos, conviveram na mesma escola, na mesma sala de aula e com amigos em comum.

Apesar de estarem sempre juntos, só começaram a namorar no 3º. Colegial, com o empurrãozinho dos amigos, ambos tinham 17 anos. A casa da Claudia era o ponto de encontro da turma e sua mãe  dizia: “o Paulo é o genro que eu queria ter”. O Paulo já começou conquistando a sogra!

Naquele mesmo ano, no 3º. Colegial, Paulo prestou um concurso para bolsa de estudos para viajar em um programa de intercâmbio.  O namoro começou pouco antes da viagem. Eles lembram exatamente a data, 30 de setembro de 1983.

No final do mesmo ano Paulo foi para o intercâmbio na Austrália e ficou um ano fora. Eles resistiram à distância. Não foi fácil, não havia internet na época. Só cartas que demoravam a chegar e faziam 3 telefonemas por ano porque era muito caro. No retorno do Paulo, quase terminaram, mas retomaram o namoro e se casaram no dia 30 de junho de 1990.

Trabalhar juntos por 14 anos, fez diferença?

Claudia e Paulo trabalharam na mesma empresa durante 14 anos. Muitas pessoas acham que trabalhar juntos pode ser desgastante para um casal, mas eles afirmam que, no caso deles, com certeza, não prejudicou e que de certa forma, ajudou no relacionamento,  apesar de não ter sido fundamental.

Segundo eles, quando você conversa sobre os assuntos de trabalho com a esposa, quando tem um conhecimento mútuo do negócio, dos projetos e das pessoas, a conversa flui melhor.

Um cuidado que sempre tiveram foi de não gerar situações na empresa, que pudessem criar conflitos apesar de em grandes empresas, ser comum ter regras já estabelecidas para não haver conflitos e relação de poder entre os casais.

Eles trazem uma situação em que houve uma reunião de avaliação na empresa e, coincidentemente, a Claudia estaria no escopo de avaliação do qual o Paulo também participaria e votaria. Para evitar desconforto, o Paulo pediu para o chefe para não participar da reunião.

Paulo reforça que evitar conflito de interesses, nestes casos, é muito importante para a empresa e a pessoa que tenha um bom padrão ético vai entender e evitar que esse conflito aconteça.

Muitos amigos do trabalho acabavam sendo comuns. E muitos dos colegas achavam que eles tinham se conhecido na própria empresa.

Enfim, na opinião deles trabalhar na mesma empresa nunca atrapalhou e entendem que trouxe mais vantagens do que desvantagens para o relacionamento.

Sobre as expectativas de mudanças do homem e da mulher no relacionamento

A Fundadora da Estilo 5.0+ pediu para que a Claudia e o Paulo comentassem sobre um conceito popular que diz que “O homem casa achando que a mulher não vai mudar, mas a mulher muda e a mulher casa achando que tem o poder de fazer o homem mudar e o homem não muda”.

Paulo diz, que no caso dele, não casou com a Claudia esperando uma mudança na essência. Ele casou com ela por causa da sua essência. Entende que ao longo do convívio diário, a chegada dos filhos, a vida de casados é diferente da vida de namorados.

Segundo o Paulo, “a gente espera acomodação de comportamento do que incomoda um ao outro. A gente espera adequação porque entende que estas características também não mudam radicalmente”.

Claudia dá como exemplo a questão de horário. Ela sempre foi mais pontual do que ele. De um lado o Paulo melhorou muito e se atrasa menos. Por outro lado, Claudia se tornou mais flexível e passou a ajuda-lo para não se atrasar muito. Chegaram a um equilíbrio.

Um exemplo do que a Claudia não queria que mudasse no Paulo é a disponibilidade a divisão das tarefas da casa. Ele já fazia isso quando solteiro e até melhorou após o casamento.

Outro exemplo que eles dão é que o Paulo costumava se distrair muito quando uma pessoa estava contando algo e ele não retomava o assunto. A Claudia fazia questão de deixar claro o descontentamento quando acontecia com ela e isto fez com que o Paulo tenha o cuidado de prestar atenção no outro. Aprender a ouvir. Estar presente.

Em resumo: é importante ter disposição para diminuir os defeitos ou características que incomodam o outro, já que alguns deles são tão intrínsecos, que talvez seja impossível eliminar. A capacidade de se ajustar, pode ser o segredo de ficarem juntos tanto tempo.

Pontos que ajudaram a manter o relacionamento longevo

Aqui o Paulo e a Claudia dividem alguns pontos, além dos que já citaram anteriormente, que foram e são importantes e ajudaram a manter o relacionamento longevo que tiveram até agora.

  • Terem sido amigos antes de namorar – entendem que namoro entre amigos e amigas tem uma grande probabilidade de dar certo porque quando as pessoas escolhem amigos é porque já sabem que têm afinidade de valores e pensamentos.
  • Admiração mútua – algumas coisas que a pessoa tem e te atraem. A Claudia comenta emocionada, por exemplo, que tem muito orgulho pela forma como o Paulo lida com as pessoas. Paulo complementa destacando a admiração e o orgulho que sente pela pessoa que a Claudia é. Uma pessoa divertida, sagaz, bom astral, que conquista amizade de um jeito espetacular.
  • A harmonia entre as famílias – Claudia e Paulo destacam que ambas famílias são pessoas carinhosas, que se acolhem. Eles se sentem muito bem entre as duas famílias. O que ajuda muito. Eles gostam muito da companhia um do outro. Muitas pessoas chegam e dizem, vamos fazer um programa só de mulheres; não gostam disso.
  • Gostar de fazer coisas juntos – não significa que não façam coisas em separado, mas adoram estar juntos, seja em casa, em viagens ou em programas.
  • Muita Conversa e não deixar as coisas se acumularem – a prática de resolver os desacordos que acontecem de vez em quando ajudou muito no relacionamento. Nunca terminam um dia brigados. Eles sempre dão um tempo para que a divergência diminua, mas não dormem brigados. Procuram resolver antes. Não acumulam problemas, mágoas, nem coisas mal resolvidas, não deixam o desentendimento guardado. Assuntos com filhos e escolas, resolvem juntos. Muitas vezes discordam, mas resolvem.  Muitas vezes nem sabem como resolver. Mas buscam juntos uma solução.
  • Ter a capacidade de pedir desculpas
  • Ter projetos e objetivos em comum e se apoiarem mutuamente
  • Querer aprender coisas novas sempre

Dicas do Paulo e da Claudia para casais maduros que se gostam mas estão com o relacionamento desgastado

Paulo acha que o que deve ser levado em conta é que não tem certo ou errado. Eles são um casal bem-sucedido do jeito deles. Mas há outras formas de ser também.

Segundo ele, as pessoas devem sempre buscar viver bem o presente. E não remoer o passado e não sofrer com as expectativas futuras já que a gente não pode ter domínio sobre elas.

Quando as pessoas sentem que se gostam, mas o relacionamento não está bom, muitas vezes, a razão pode ter sido o fato de ter deixado acumular coisas não resolvidas. Precisam se colocar com vontade para resolver essas coisas e não deixar acumular novamente. Muita conversa!

Uma sugestão, segundo Claudia, seria fazer alguma coisa em comum. Aprender alguma coisa diferente, ou uma atividade em comum que não sejam as tarefas domésticas.

Cada um dos momentos é importante. Só do casal, do casal com os amigos, do casal com a família, com o mundo, é o investimento no nosso capital social para a longevidade que a gente sempre destaca aqui na Estilo 5.0+.

A importância do “Good sense of humor” nos relacionamentos

Paulo comenta que quando esteve na Austrália, as pessoas elogiavam outras dizendo que ela tinha “good sense of humor” – bom senso de humor, mas não se referindo somente ao fato de ser divertida, mas ser positiva e de ser agradável com as pessoas.

Paulo e Claudia entendem que o fato de terem bom humor, fazendo piadas um com o outro e coisas divertidas é muito importante. Afinal, ninguém gosta de gente mal-humorada. Os amigos dos seus filhos falam que eles são legais, divertidos e carinhosos. E quando o casal consegue fazer isso entre eles e com os amigos, é muito bom.

Envelhecer nem sempre é fácil, mas velho rabugento ninguém aguenta. Claudia comenta sobre uma psiquiatra que comenta que a gente pode se tornar uma mala na vida de alguém. Mas que seja uma mala com rodinhas.  Que leva para o sol e tira do sol.

Paulo comenta ainda que um amigo percebeu que quando ficava perto de pessoas negativas se sentia mal e saía chateado. Mas às vezes essas pessoas negativas são aquelas por quem temos carinho. E não dá para fugir delas. Mas podemos ajudá-las a ver a vida de forma diferente.

Paulo comenta sobre o livro que fala sobre o otimismo:  Humanidade: uma história otimista do homem, de Rutger Bregman. – “O best-seller internacional de Rutger Bregman oferece uma nova perspectiva sobre a história da humanidade com o objetivo de provar que estamos “programados” para a bondade, voltados para a cooperação em vez da competição e mais inclinados a confiar em vez de desconfiar uns dos outros”.

Belos aprendizados para colocarmos em prática na nossa vida a dois! Vamos encerrar este Blogpost com uma linda frase do Mário Quintana que a Claudia trouxe: “As pessoas não se precisam, elas se completam… não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida”.

Contatos da Claudia e do Paulo:

Instagram @claugerber_design

Instagram @gamerscardbr

https://www.gamerscard.com/

Assista a entrevista com o casal Claudia e Paulo na íntegra.

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Time Estilo 5.0+

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