Tratamentos para menopausa

Menopausa: Tratamento

As dúvidas sobre tratamentos para mulheres na menopausa é um tema recorrente dentre as nossas seguidoras do Instagram.

Para sabermos mais sobre esse tema tão importante, Cintia Yamamoto, fundadora da Estilo 5.0+ convidou novamente para um bate papo, a Dra. Claudia Takano.

Vamos conhecer a Dra. Claudia Takano, Médica Ginecologista e Obstetra com Graduação, Mestrado e Doutorado pela Escola Paulista de Medicina/ Unifesp. Preceptora do Ambulatório de Uroginecologia, Coordenadora do Ambulatório de Malformações Genitais da Unifesp e Preceptora dos alunos da graduação do curso de medicina e da residência em Ginecologia- Unifesp.

A Dra Claudia explica que os fogachos e calores noturnos são os sintomas de maior desconforto, mas há outros que também que podem ocorrer nesse período. Vamos conhecer os mais comuns:

• Fogachos e calores noturnos

Os fogachos e calores noturnos são os sintomas vasomotores mais frequentes, atingindo 80% das mulheres. E junto com os fogachos as vezes acontecem outros sintomas, como uma sensação de taquicardia, vertigem, coração acelerado, alteração no sono e insônia.

Alterações de humor

Algumas mulheres têm alterações de humor, em geral, tendendo a ter um humor mais depressivo e normalmente são multifatoriais. Em parte pode ser porque o próprio fogacho incomoda muito ou porque os suores noturnos comprometem o sono, provocando mais despertares, um sono menos reparador. Pode potencializar o problema em quem já tinha dificuldades para dormir, ou surgir o distúrbio do sono em quem nunca teve.

Além disto, aparentemente a queda do estrogênio nessa fase, influencia diretamente na síntese dos hormônios, estes neurotransmissores, relacionados a sensação de bem-estar, como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina.

Atrofia genital

Muitas mulheres podem sentir gradativamente e intensificar, meses e anos após a menopausa, a atrofia genital. Esta parte do corpo que tem muito receptor de estrogênio, pode sofrer alterações com a diminuição da lubrificação, o tecido fica mais fino, menos elástico, causando desconforto na relação sexual. E até aumento de infecção urinária e perda urinária.

Osteoporose

Outra alteração que pode ocorrer para muitas mulheres, com a menopausa, é o aumento da tendência a desenvolver osteoporose.

Qual o momento adequado para iniciar o tratamento? Existe algum processo investigativo para evitar ou prevenir esses sintomas?

Dra Claudia esclarece que infelizmente não existe um processo investigativo para evitar ou prevenir esses sintomas.

O diagnóstico da perimenopausa e do climatério é basicamente clínico pela idade, associado aos sintomas, a falta de menstruação ou irregularidade menstrual. Os exames laboratoriais podem ajudar e são indicativos pela queda do estrogênio e outros indicadores, mas não são critérios isolados para indicar o tratamento.

Os exames laboratoriais têm valor para auxiliar no diagnóstico de menopausa precoce, antes dos 40 anos.

Mas, no caso de mulheres com 50 anos ou mais que apresentam um conjunto de sintomas e sinais comuns da menopausa, os exames não são essenciais, dado que o tratamento do climatério é individualizado e está mais relacionado com os sintomas junto com alguma contra indicação para algum tipo de tratamento.

A importância do estilo de vida no período da Menopausa

A Dra Claudia reforça que o estilo de vida da mulher se torna mais importante na fase da Menopausa.

Ter uma alimentação saudável, ser ativa fisicamente, evitar o excesso do consumo de álcool e o tabagismo. Lembra que nesta fase, a mulher aumenta os riscos de ficar hipertensa, diabética e obesa, por exemplo.

O tratamento deve ser individualizado, de acordo com as características de cada mulher.

É preciso avaliar inicialmente se a pessoa tem a indicação ou não de tratamento, analisando a condição de saúde geral, quais os sintomas apresentados, se não houver contra indicação a terapia hormonal e se a paciente estiver de acordo, o ideal seria iniciar o tratamento por este tipo de tratamento.

Existem também outras alternativas de tratamento, como os fitoestrogênios e os antidepressivos.

Reposição Hormonal – evolução do conhecimento sobre este tratamento

No passado, a recomendação da reposição hormonal para as mulheres na menopausa era mais indiscriminada porque acreditava-se que o tratamento trazia muitos benefícios em relação aos sintomas mais comuns, inclusive a prevenção das doenças cardiovasculares, como o infarto e o AVC.

Em 2002, um estudo chamado WHI-Women Health Initiative, muito conhecido no meio médico, com mulheres com e sem o tratamento de reposição hormonal, concluiu que houve um pequeno aumento de 1 caso em cada 1.000 mulheres, após 5 anos de uso de reposição hormonal. E uma das surpresas foi que não reduziu o risco cardiovascular.

Após este estudo, muitas mulheres não quiseram fazer a reposição e muitos médicos pararam de indicar a reposição hormonal.

Hoje, depois de outros estudos desenvolvidos e algumas ressalvas em relação ao WHI, acredita-se que existe uma janela de oportunidade para iniciar a reposição hormonal. A indicação é para mulheres até 60 anos ou até 10 anos sem menstruar, porque após estas condições, existe uma grande probabilidade de não ter os benefícios esperados e o risco dos efeitos adversos. O início do tratamento se dá com a mínima dose possível.

Dependendo do tratamento há um período mínimo ou máximo?

Não existe um tempo estabelecido, mas em geral varia de 5 a 10 anos e é individualizado de acordo com os sintomas.

Por exemplo, se os sintomas forem os calores, depois de 3 a 5 anos e ela estiver bem, pode reduzir a quantidade ou até parar. O que pode acontecer é os sintomas voltarem.

Se a reposição hormonal for no local, no caso de atrofia genital, os sintomas tendem a voltar, caso pare o tratamento.

E na osteoporose, a tendência é de retorno caso o tratamento seja interrompido. Melhor associar a um tratamento específico para esse caso.

Assista o bate papo integral da nossa Fundadora com a Dra. Claudia Takano:

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