Você sabe por que as mulheres vivem mais do que os homens?

Você sabe por que as mulheres vivem mais do que os homens

Em todo o mundo, sabe-se que as mulheres superam os homens em expectativa de vida. Uma vantagem que começa quando nascemos. Mas viver mais não quer dizer necessariamente viver melhor.

Matéria publicada em várias mídias nos traz essa informação sobre a maior longevidade das mulheres.

Recentemente, a Revista Claudia trouxe um artigo com o título: Longevidade Duradoura.

Trouxemos alguns destaques da matéria que compartilhamos com você, Mulher Madura, curiosa e interessada.

“A diferença média de expectativa de vida entre os sexos gira em torno de três anos, mas isso pode variar significativamente.

No Brasil, por exemplo, segundo os últimos dados divulgados pelo IBGE, os homens vivem em média 73 anos, enquanto as mulheres podem chegar aos 79”.

Explicações e achismos sobre esse fenômeno

O Fator Biológico: Nossos Corpos são diferentes

Começando pelo mais básico, a biologia desempenha um papel crucial. As mulheres possuem dois cromossomos X como par sexual, enquanto os homens têm um X e um Y. Essa pequena diferença genética parece ter um grande impacto, como se tivéssemos “uma cópia de segurança”. “Se uma das versões de um gene no cromossomo X estiver com alguma mutação, a outro pode compensar” explica a Dra. Sara Hagg.  Pesquisas sugerem que ter dois cromossomos X pode nos oferecer uma vantagem, funcionando como um “backup” genético.

“Os homens, por outro lado, são mais vulneráveis porque têm apenas uma cópia de cada e, se houver mutações em algum desses genes, não há uma alternativa disponível” afirma a especialista.

Além disso, nossos hormônios femininos, especialmente o estrogênio, são um escudo protetor para a saúde cardiovascular. O estrogênio ajuda a manter os níveis de colesterol bons e protege as artérias, o que significa que, antes da menopausa, temos um risco significativamente menor de doenças cardíacas em comparação com os homens da mesma idade. Após a menopausa, essa proteção diminui, mas os anos de vantagem acumulada persistem.

Vivendo Mais, mas não melhor

“Apesar de terem uma vida mais longa que a dos homens, as mulheres, em geral, têm uma velhice mais frágil e o declínio é especialmente acentuado após a menopausa. Um estudo publicado na revista científica The Lancet Public Health, apontou que as mulheres são mais atingidas por condições que podem ser debilitantes, mas não são fatais. Já os homens são desproporcionalmente afetados por condições que podem levar à morte precoce”.

A Dra Hagg destaca, porém, uma teoria evolutiva chamada “Pleiotropia sexualmente antagônica”. Segundo essa tese, os homens, mesmo tendo uma vida reprodutiva mais longa que a das mulheres, tendem a otimizar suas funções biológicas nas primeiras décadas da vida, como uma estratégia para aumentar as chances de gerar descendentes ainda jovens quando estão em condições mais favoráveis para competir por parceiras e se reproduzir com sucesso.

Isso tem um custo: eles perdem a força e o vigor rapidamente com o envelhecimento, e por isso têm menos chance de sobreviver às doenças típicas da idade avançada. Já as mulheres, tendem a preservar suas funções gerais (além das reprodutivas) por mais tempo, para garantir que sobrevivam e cuidem da prole até que atinjam a idade adulta.

Assim as mulheres poupam sua capacidade celular e normalmente têm mecanismos de envelhecimento molecular bem mais preservados do que os homens. Isso resulta em vidas mais longas, mesmo que com doenças. E é exatamente o que vemos entre os idosos: mulheres que vivem mais, mas com mais dificuldade no final da vida.

O Fator Comportamental: Escolhas Diárias

Não é apenas sobre biologia; nossos hábitos e escolhas de vida também contam muito. Historicamente, e ainda hoje em muitas culturas, os homens são mais propensos a se envolver em comportamentos de risco. Pense em profissões mais perigosas, maior incidência de acidentes de carro e maior tendência ao consumo excessivo de álcool e tabaco.

“Um levantamento de 2023 também demonstrou que as mulheres apresentam menores riscos de falecimento por overdose de drogas e suicídios, óbitos quase sempre precoces que costumam reduzir a expectativa de um grupo populacional”.

Nós mulheres, tendemos a ser mais conscientes com os cuidados pessoais e mais propensas a procurar ajuda médica e que promovem a saúde. Isso significa que, em geral, vamos mais ao médico, fazemos os exames de rotina, seguimos as orientações dos médicos e adotamos um estilo de vida mais saudável, com foco em alimentação equilibrada e exercícios físicos. Essa proatividade na gestão da saúde pessoal faz uma diferença considerável a longo prazo.

O Fator Social e Psicológico: Redes de Apoio

Finalmente, não podemos ignorar o aspecto social e psicológico. Muitas mulheres, à medida que amadurecem, cultivam e mantêm redes sociais fortes. Ter amigos, participar de grupos e manter laços familiares não é apenas agradável, mas também comprovadamente benéfico para a saúde mental e física. Essas conexões oferecem apoio emocional, reduzem o estresse e até incentivam hábitos mais saudáveis.

Homens, por vezes, estimulados a serem mais independentes e menos propensos a expressar vulnerabilidade ou buscar apoio emocional, o que pode levar ao isolamento e a um maior impacto do estresse.

Pesquisamos alguns vídeos sobre o assunto para você. Assista!

Ciência tenta explicar porque mulheres vivem mais que os homens com fatores biológicos e sociais- Jornalismo TV Cultura – 03:13

Miguel Srougi explica o porquê as mulheres vivem mais que os homens | Canal Livre- Band Jornalismo – 03:30

Por que as mulheres vivem mais? SBGG – 13:58

Segundo a especialista em envelhecimento Sara Hagg, professora do Departamento de Epidemiologia Médica e Bioestatística do Instituto Karolinsk, na Suécia, “trata-se de um fenômeno complexo, provavelmente a combinação de fatores biológicos e fatores sociais diferenciados para cada sexo”.

Interessante, que mesmo em situações extremas, como epidemias, ainda assim as mulheres demonstram sobrevivência superior à dos homens.

Sabe-se que estatisticamente, nascem mais meninos do que meninas. Mas eles são mais aventureiros e se arriscam em atividades que as meninas pensam antes de tentar, como álcool, drogas, sexo sem proteção, etc.  Além disso, os bebês do sexo feminino, tendem a ser mais resistentes às adversidades, daí sobrevivem em maior proporção.

A maior longevidade feminina é o resultado de inúmeros fatores. Desde nossa constituição genética e hormonal até as escolhas que fazemos em nosso dia a dia e a forma como nos conectamos com o mundo.

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Um abraço!

Estilo 5.0+

 

Fontes:

Revista Claudia – maio/25

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/longevidade-entenda-por-que-as-mulheres-vivem-mais,fdcd9da439f541ba807299f7d453abf0n8wqrfes.html

https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2025/02/25/por-que-que-as-mulheres-vivem-mais-do-que-os-homens.ghtml

Cintia Yamamoto Ruggiero

Sou apaixonada pelo tema Longevidade, curiosa e inquieta! Quero participar ativamente da revolução da longevidade e colocar o aprendizado profissional de mais de 30 anos e a experiência nas áreas de Negócios e Marketing para trazer conteúdos, produtos e serviços para as Mulheres 50+, conectadas, curiosas e interessadas!