Fibromialgia: a doença silenciosa. Vamos saber mais

Fibromialgia - a doença silenciosa

A fibromialgia é também conhecida como a “doença silenciosa”: “seus sintomas são dores errantes por todo corpo, que podem também vir acompanhadas de cefaleia, perturbação do sono e desarranjos intestinais. As dores podem se manifestar em qualquer região do corpo e se repetir de forma crônica, com consequência físicas e emocionais”.

“São várias hipóteses para isso, e talvez uma das mais sólidas envolva a deficiência do sistema supressor de dor como causa primária da doença” diz Claudio Correa, neurologista e especialista em dor crônica, em entrevista para a Revista Viva Saúde.

Perfil fibromiálgico

  • 2,5% da população mundial sofre com a doença.
  • No Brasil, calcula-se que 6,1 milhões de pessoas convivam com a síndrome, ou seja, 3% dos brasileiros.
  • Qualquer faixa etária pode apresentar fibromialgia, mas é mais comum na faixa entre 30 e 50 anos.
  • A prevalência é entre a população feminina. No país, elas representam de 70 a 90% dos casos.

Os sintomas mais comuns são:

  • Dor generalizada: Dores constantes e difusas em diferentes partes do corpo. A intensidade pode variar de leve a grave.
  • Fadiga crônica: Sensação de cansaço extremo, mesmo após uma boa noite de sono.
  • Problemas de sono: Dificuldade para dormir, sono não reparador e, consequentemente, acordar cansada.
  • Distúrbios cognitivos: Dificuldade de concentração e de memória (o que costuma ser chamado de “fibro fog”).
  • Sensibilidade ao toque: Pontos dolorosos no corpo que reagem ao toque ou à pressão.

Tratamentos e autocuidado

A fibromialgia não tem cura, mas tem tratamento. O objetivo é aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

O tratamento costuma ser multidisciplinar e incluir uma combinação de medicamentos, terapias e mudanças no estilo de vida.

Viver com fibromialgia requer paciência, autoconhecimento e alguns ajustes na rotina. Adotar alguns hábitos saudáveis pode fazer uma grande diferença na forma como você se sente.

10 mudanças na rotina para lidar melhor com a fibromialgia, recomendadas por especialistas:

  1. Faça atividade física. Prefira exercícios de baixo impacto, especialmente na água. No geral, evite movimentos repetitivos ou de grande impacto.
  2. Relaxe à noite: Antes de dormir, não resgate as obrigações do dia seguinte para evitar ansiedade
  3. Deite-se cedo e não tenha por perto nada que possa perturbar o sono (como celular e TV)
  4. Respeite os limites do corpo e da mente.
  5. Adote uma alimentação saudável, o que inclui desfrutar as refeições sem pressa.
  6. Veja e converse com pessoas. Não precisa ir para a balada, puxar um papo no trabalho sobre algo que não seja o próprio trabalho já ajuda.
  7. Garanta um momento seu no dia. Podem ser apenas 15 minutos, desde que devotados a algo que te faça bem.
  8. Não rejeite a doença: aceite que ela existe e piora quando o emocional está abalado. Portanto, poupe-se do excesso de cobranças pessoais e de situações desgastantes.
  9. Incorpore massagem, acupuntura e outras terapias complementares na sua rotina.
  • Medite. Essa prática te traz ao momento presente, evitando a ansiedade, e ainda favorece a consciência corporal.

Além das mudanças na sua rotina, alguns dos tratamentos mais comuns, segundo os profissionais de saúde, são:

  • Medicamentos: Remédios para dor, antidepressivos e relaxantes musculares. Eles ajudam a aliviar a dor, melhorar o sono e reduzir a fadiga.
  • Atividade física: Exercícios leves e regulares, como caminhada, natação, hidroginástica ou yoga, ajudam a aliviar a dor, aumentar a flexibilidade e melhorar o bem-estar mental.
  • Terapias: Fisioterapia, massoterapia e acupuntura podem ajudar a controlar a dor. Além disso, a terapia cognitivo-comportamental pode ajudar a lidar com o impacto emocional da fibromialgia.
  • Apoio emocional: Participar de grupos de apoio, conversar com amigos e familiares ou buscar o auxílio de um profissional de saúde mental podem fazer uma grande diferença. Lembre-se, você não está sozinha.

O ciclo da Fibromialgia:

Quadro publicado na Revista Viva Saúde e desenvolvido por especialistas da área de saúde nos apresenta “O ciclo da Fibromialgia”:

  • Sedentarismo: a falta de atividade física aumenta o estresse e desregula a produção de hormônios essenciais.
  • Depressão: “Ela anda de mãos dadas com a dor crônica”, como aponta a Sociedade Brasileira de Reumatologia.
  • Estresse cotidiano: Relacionado a questões financeiras, afetivas ou profissionais. Quando não aliviado ou tratado, leva a distúrbios do sono.
  • Fadiga: Decorrente da insônia e do estresse, colabora para o aumento da produção anormal de receptores da dor no organismo.
  • Dor: Esses pontos (acredita-se serem 18, localizados majoritariamente no dorso e nos membros), apresentam dor constante, devido à rigidez e tensão.
  • Rigidez Muscular: A musculatura apresenta tensão e contraturas em pelo menos oito pontos diferentes do corpo. A tolerância à dor diminui.
  • Insônia: Ausência de sono e dificuldade em dormir, sono com interrupções.

A partir de 2026, lei define fibromialgia como deficiência em todo o país.

A partir de janeiro de 2026, quem têm fibromialgia passará a ser considerado pessoa com deficiência (PcD).

A Lei 15.176, de 2025, que determina a medida, foi publicada no Diário Oficial da União, após ser sancionada sem vetos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A aprovação pelo Congresso Nacional ocorreu no último dia 2 de julho.

Entre os direitos que serão estendidos às pessoas com fibromialgia estão cotas em concursos públicos e isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de veículos.

Uma equipe de saúde, com médicos e psicólogos, terá que atestar a limitação da pessoa para participação em atividades em igualdade com as outras pessoas.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para quem possui a síndrome.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2025-07/lei-define-fibromialgia-como-deficiencia-em-todo-o-pais

Depoimento: Uma paciente diagnosticada há mais de 30 anos, Cinzia Ribeiro, faz a reflexão: “Cuide da sua microbiota em primeiro lugar. Evite açúcar, massas e industrializados. Exercícios aeróbicos de média intensidade hoje sei que são ótimos a curto prazo.  Mas os exercícios de resistência (musculação) são fundamentais a longo prazo para evitar maiores deficiências na velhice. Me arrependo de não ter me esforçado mais na musculação. Hoje não teria sarcopenia além da osteoporose. A meditação e o yoga são o divisor de águas na qualidade de vida diária”.

Importante: o diagnóstico da fibromialgia não define você. É apenas uma parte de quem você é. Com o tratamento correto e o autocuidado, é possível viver de forma plena e feliz. Se você suspeita ter a síndrome, converse com um profissional de saúde. Ele poderá te orientar da melhor forma.

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Estilo 5.0+

Fontes:

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-com-ciencia/noticias/2025/fevereiro/9-verdades-sobre-a-fibromialgia

https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/fibromialgia-definicao-sintomas-e-porque-acontece/

https://saude.abril.com.br/podcast/fibromialgia-o-peso-da-dor-para-a-qualidade-de-vida-dos-pacientes/

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2025-07/lei-define-fibromialgia-como-deficiencia-em-todo-o-pais

Vídeos

Principais sintomas da fibromialgia- Clínica IMEB – 03:04

Fibromialgia é reconhecida por lei como deficiência física e garante novos direitos aos pacientes – Jornalismo TV Cultura – 03:05

Fibromialgia, o que é? Dra. Marcella Mello Reumatologista – 02:38

 

Cintia Yamamoto Ruggiero

Sou apaixonada pelo tema Longevidade, curiosa e inquieta! Quero participar ativamente da revolução da longevidade e colocar o aprendizado profissional de mais de 30 anos e a experiência nas áreas de Negócios e Marketing para trazer conteúdos, produtos e serviços para as Mulheres 50+, conectadas, curiosas e interessadas!