Viver sempre na defensiva pode nos custar um vaivém contínuo de emoções.
Além de ser difícil se relacionar com quem vive na defensiva.
A vida nos ensina a ser fortes, a nos proteger, e muitas vezes, a erguer muros em torno do nosso coração. A defensiva, um tipo de escudo de cautela, desconfiança ou medo de vulnerabilidade que pode parecer um mecanismo de sobrevivência, acaba nos privando de algo essencial: a oportunidade de estabelecer conexões genuínas e construir vínculos reais em nossas relações.
Quando ficamos sempre prontas para o ataque ou para a decepção, podemos, sem querer, fechar a porta para relacionamentos mais profundos e estarmos sempre “magoadas”.
Um relacionamento que se baseia na cautela mútua nunca poderá desenvolver uma intimidade verdadeira. A vulnerabilidade é um ato de coragem que mostra para a outra pessoa que ela pode confiar em nós, e que nós estamos dispostas a confiar nela.
É por onde a empatia e a confiança mútuas podem crescer.
Nesses momentos em que você vai se colocar na defensiva, questione-se: o que você está perdendo em manter essa guarda tão firme, em reagir imediatamente? Está trocando a segurança da solidão pela riqueza de um laço mais profundo e verdadeiro?
De acordo com os especialistas em saúde mental do Podcast CorajosaMente, “às vezes, nem percebemos o quanto estamos armados, prontos para nos proteger de algo que talvez nem esteja acontecendo. No fundo, há sempre um medo escondido. Medo de ser rejeitado, de se magoar, de parecer fraco, de se entregar e não ser acolhido. E esse medo, por mais legítimo que seja, muitas vezes se disfarça de sarcasmo, desculpismos, indiferença, agressividade ou até mesmo de uma aparente autossuficiência. Criamos barreiras emocionais que nos fazem acreditar que estamos no controle, quando na verdade estamos perdendo as chances de viver relações mais autênticas e profundas”.
Essa reação de ser defensivo, surge muitas vezes “como mecanismos de defesa que desenvolvemos ao longo da vida. Seja por experiências dolorosas na infância, por decepções amorosas, pela falta de autoconfiança, ou por mensagens culturais que nos dizem que sentir é fraqueza. A defensividade é uma forma de tentar prever o que pode nos machucar e se antecipar ao golpe”. “Mas essa estratégia, apesar de eficiente a curto prazo, cobra um preço alto. Ela nos isola. E pior: mantém viva a ideia de que o mundo é perigoso demais para se viver de peito aberto”.
“Quando vivemos na defensiva, cada gesto do outro pode ser interpretado como ameaça. Uma pergunta vira invasão, uma crítica vira rejeição, um silêncio vira abandono. E então nos tornamos mestres em interpretar sinais que talvez nem estejam ali. Passamos a viver sob o filtro da suspeita constante, como se estivéssemos sempre esperando o pior. Essa postura não nasce do nada. Muitas vezes, ela é resultado de feridas que não foram tratadas, de ausências que marcaram, de palavras que feriram mais do que deveriam”.
Mas é possível reverter esse quadro. Veja as dicas para Começar a Baixar a Guarda que pesquisamos para você ou para alguém do seu relacionamento. Comece com pequenos passos conscientes:
Identifique o Gatilho:
Pense nas situações ou pessoas que fazem seu muro se erguer automaticamente. É o medo de ser julgada? Nomear o medo é o primeiro passo para gerenciá-lo. Às vezes uma pergunta num curso novo que você ensaia uma resposta e ao ver que não atendeu a expectativa do mediador, se frustra e se fecha automaticamente. E claro, se possível, vai sair do curso. Resista!
Pratique a Transparência Gradual:
Você não precisa contar toda a sua vida de uma vez. Comece compartilhando uma opinião sincera sobre algo pequeno, ou uma emoção real sobre o seu dia (alegria, cansaço, frustração). Isso permite que as pessoas vejam um pedacinho da sua verdadeira essência, e não apenas a sua “versão forte”.
Mude a Lente do Julgamento:
Muitas vezes, a defensiva vem de projetar no outro a sua própria autocrítica. Tente suspender o julgamento imediato – seja sobre si mesma ou sobre a intenção do outro. Dê o benefício da dúvida e permita que as ações falem mais alto do que os seus medos.
Aceite a Imperfeição:
Ninguém é perfeito, e isso inclui você e as pessoas ao seu redor. Baixar a guarda significa aceitar que você pode cometer erros e que o outro também pode. Entenda que a conexão real não exige perfeição, mas sim autenticidade.
Aprenda a Receber:
A defensiva muitas vezes bloqueia não só a nossa entrega, mas também o nosso recebimento. Permita-se aceitar um elogio, um gesto de carinho ou ajuda sem desconfiança. Deixe o afeto entrar, pois ele é a base da segurança emocional.
Quando você se permite baixar a guarda, começa uma nova caminhada e deixa o seu coração mais tranquilo. Quando permitimos sermos vistos como somos estamos abrindo uma oportunidade para sermos amados pelo que somos. E sem dúvida, é o que mais buscamos. Porque viver na defensiva não nos protege do sofrimento; só nos protege do afeto do outro.
Baixar a guarda é um presente que você dá a si mesma: a chance de viver relacionamentos mais ricos, profundos e significativos, onde a coragem de ser vulnerável se torna a sua maior força.
Viva plenamente os seus relacionamentos!
Se quiser saber mais sobre esse e outros temas para as Mulheres 50+ interessadas, conectadas e curiosas:
- inscreva-se no nosso Canal do Youtube, dê um like e ative o sininho para receber as notificações de novos vídeos!
- continue acompanhando o nosso site
- siga nossas páginas no Instagram e Facebook.
Venha participar com a gente da revolução da longevidade, interagindo e sugerindo conteúdos que vocês gostariam de ver em nossos canais!
Um abraço!
Estilo 5.0+
Fontes:
https://vidasimples.co/relacionamentos/saia-da-defensiva-e-baixe-a-guarda-para-viver-melhor/
https://www.calm.com/blog/defensiveness
https://corajosamente.com/por-que-criamos-barreiras-nas-relacoes-e-vivemos-na-defensiva/
Vídeos:
Vulnerabilidade – você consegue baixar a guarda, pedir ajuda, receber ajuda e se mostrar vulnerável? Juliana Goes – 01:00-
Você é receptiva ou vive na defensiva? Márcia Peltier – 03:00
Não sofra por apegos aprenda a viver a vida agora – Dra Ana Beatriz- 05:19