Calores e fogachos na menopausa. Quais as causas e efeitos?

Menopausa - os calores, causas e efeitos

Os calores e fogachos são as famosas ondas de calor que acometem as mulheres durante a menopausa. Para algumas são mais intensos, para outras nem tanto. Mas o que são e por que acontecem?

A Fundadora da Estilo 5.0+ Cintia Yamamoto, teve um bate papo sobre Menopausa com a Dra.Claudia C.Takano, Médica Ginecologista e Obstetra com Graduação, Mestrado e Doutorado pela Escola Paulista de Medicina/ Unifesp. Preceptora do Ambulatório de Uroginecologia, Coordenadora do Ambulatório de Malformações Genitais da Unifesp e Preceptora dos alunos da graduação do curso de medicina e da residência em Ginecologia- Unifesp.

A seguir trouxemos algumas informações deste bate papo para você:

Climatério, Perimenopausa e Menopausa. Qual a diferença de cada etapa?

Apesar da maioria das mulheres utilizar todos estes termos como sinônimos, mas existem diferenças!

Menopausa é a data da última menstruação da mulher. Começa quando a mulher completa 12 meses sem menstruar. A menopausa é o último ciclo.

Perimenopausa é o período que antecede a menopausa, de um a dois anos. É a transição para o fim do período reprodutivo. Algumas mulheres já começam a sentir os sintomas, principalmente os fogachos.

Climatério é o período que engloba a Perimenopausa e a Pós-menopausa.

Por que acontecem os fogachos ou ondas de calor?

A Dra. Claudia explica que os fogachos acontecem devido ao decréscimo no nível de estrogênio, que são os hormônios femininos produzidos pelos ovários. Ondas de calor súbitas, que surgem de repente, geralmente concentrados na parte de cima do corpo, acompanhadas de sudorese e de outros sintomas. Podem acontecer várias vezes durante o dia e à noite, variando de pessoa a pessoa. Aparentemente a queda estrogênica altera os neurotransmissores, desencadeando um processo que causa uma vasodilatação  dos vasos sanguíneos, que leva a perda de calor, a temperatura abaixa até que aconteça o próximo fogacho.

Os fogachos podem causar impacto psicológico na mulher?

Sim, dependendo da intensidade e da frequência dos fogachos, pode afetar a mulher psicologicamente.

A Dra. Claudia relata que 80% das mulheres sentem os fogachos e 45% destas sentem de forma intensa. Estes desconfortos podem causar o impacto psicológico porque a rotina diária fica comprometida: com as ondas de calor, ela perde a concentração, precisa se abanar, ligar o ventilador, transpira muito, tem sudorese e não dá para controlar, nem esconder.

À noite normalmente se manifesta como uma sudorese. A mulher se sente suada e se descobre. Mas logo depois a temperatura do corpo cai. E ela se cobre novamente. Esse vai e vem compromete a qualidade do sono e a qualidade de vida.

Por que algumas mulheres não sentem os fogachos?

Há diferenças individuais entre as mulheres, de regiões geográficas e de etnias que podem expor esta situação, mais difíceis de explicar.

Um dos mecanismos que pode acontecer, é que o ovário reduz a produção do estrogênio, mas mantém a produção de hormônios masculinos e um deles mantém uma conversão de um “estrogênio mais fraco” em alguns tecidos do corpo, entre eles o tecido gorduroso.

Por esta razão, aparentemente, as mulheres com maior quantidade de tecido adiposo, mais gordinhas, podem ter menos fogachos.

Da mesma maneira, as mulheres que tiraram os ovários podem ter o que é chamado de menopausa cirúrgica, com mais calores, porque não terão esta conversão do hormônio masculino, produzido nos ovários, em feminino. A menopausa chega precocemente, de forma abrupta e mais intensa.

Há tratamentos isolados para somente para os fogachos ou devem ser tratados com outros sintomas da menopausa?

A Dra. Claudia diz que os fogachos devem ser tratados, analisando outros sintomas da menopausa, a intensidade dos fogachos e as contraindicações que a pessoa tiver aos tratamentos disponíveis. Para cada mulher, um tratamento diferente, individualizado.

Tratamentos recomendados atualmente:

Algumas adaptações podem ser feitas para ajudar a mulher nesse período. Como trabalhar com uma temperatura mais amena, vestir roupas mais leves ou em camadas, alimentação saudável e prática regular de atividades físicas.

  1. Reposição hormonal – Na ausência de contraindicações analisada previamente entre o médico e o paciente, como por exemplo mulheres que têm ou tiveram um câncer de mama, de útero ou de endométrio, uma doença vascular ou uma doença hepática grave, este tratamento é considerado o mais efetivo. Com a menor dose possível de estrogênio no início, apresenta 70% a 85% de efetividade.
  1. Antidepressivos – Com efetividade de 50% a 60% dos casos, aumentam a quantidade de serotonina e noradrenalina que estão envolvidos no fogacho. Normalmente utilizados para os tratamentos de depressão, mas podem ser utilizados para os sintomas de fogachos.
  1. Hipertensivo que diminui a vasodilatação. Tratamento alternativo, menos utilizado, mas que também pode funcionar.
  1. Fitoterápicos – os mais conhecidos são chamados Fitoestrogênios, derivados de plantas, mas com uma ação estrogênica fraca. As isoflavonas da soja são as mais conhecidas nesse grupo. Podem causar melhora nos sintomas, mas não existem estudos conclusivos ainda. Mesmo com fitoterápicos, a indicação deve ser de um médico e os cuidados em relação a reposição estrogênica devem ser observados com estes medicamentos.

Importante: consultar sempre um profissional de saúde para saber o tratamento mais adequado para cada pessoa. Individualizado.

Mensagem da Dra. Claudia para as mulheres 50+

“Nesse período do climatério implemente algumas mudanças importantes:  alimentação saudável, atividades físicas e cuidados com o sono. Junte a isso a medicação recomendada para o seu caso.  E aprenda a levar a vida de maneira mais saudável possível.”

Convidamos você a assistir o bate papo integral da nossa Fundadora com a Dra. Claudia C. Takano acessando o canal do YouTube da Estilo 5.0+:

 

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