
Networking é uma palavra inglesa que significa “rede de relacionamentos”. Ficou muito popular no mundo de negócios na década de 1990, por conta da globalização, que exigiu que as pessoas e empresas estivessem cada vez mais conectadas para dividir informações e conhecimentos.
O networking é uma ferramenta essencial para o sucesso profissional e pessoal. Já está provado que por meio dele podemos gerar oportunidades e soluções através da nossa rede de contatos e relacionamentos.
No entanto, parece que o networking entre mulheres ainda é um desafio real, embora pesquisas mais recentes já mostrem o contrário.
Olhando dois lados da moeda sobre o networking feminino
- Uma pesquisa publicada em setembro/2023, na Revista Forbes sobre um estudo da Chief, uma rede norte-americana de networking feminino, conversou com 751 mulheres da alta liderança corporativa dos Estados Unidos e entende que sim; essas mulheres fazem Veja os principais destaques da pesquisa:
- O estudo da Chief concluiu que as mulheres são, sim, poderosas e eficientes em realizar networking: 94% delas têm confiança que sua rede de contatos pode ajudá-las a avançar na carreira, ao contrário de pesquisas anteriores.
- O estudo descobriu que mais de 80% das mulheres usam networking para chegar a posições importantes em empresas, como assentos em conselhos, cargos de diretoria e para negociar salários mais altos.
- Ainda, mais de 70% das mulheres entrevistadas usaram o networking para atingir objetivos dentro de suas organizações, como atrair novos clientes, implementar novos processos nas suas equipes, liderar projetos com bons resultados e poupar dinheiro para o seu empregador.
- Eventos e grupos de networking são mais eficazes para mulheres terem crescimento na carreira.
- Pessoas com um networking efetivo são proativas e mantém contato frequente com sua rede, não apenas quando precisam de emprego ou de ajuda.
- Só 32% das mulheres em posições de liderança têm um mentor, apesar da mentoria ser uma poderosa ferramenta para crescimento profissional.
- Em outro estudo, sobre o mesmo tema, realizado pela GEM – Global Entrepreneurship Monitor com mulheres brasileiras, identificou que a mulher brasileira é a que menos faz networking no mundo.
Por que ficamos desconfortáveis quando deixamos explícito nossos interesses de carreira? A jornalista da matéria publicada na UOL identificou os seguintes motivos:
- A presença reduzida das mulheres no mundo corporativo gera desconforto e insegurança.
- Na prática, as regras do jogo ainda são masculinas. São eles quem determinam quem participa de reuniões e projetos e, muitas vezes, deixam as figuras femininas de lado;
- A falta de tempo também nos prejudica, já que a sociedade deixa nas nossas mãos a economia do cuidado, o que afeta especialmente as mães. O suporte dos parceiros e familiares, muitas vezes, não é suficiente;
- A baixa presença de modelos femininos em cargos de poder limita nossas referências e inspirações.
- Pesquisa realizada pela consultoria de gestão organizacional Korn Ferry e publicada na CNN em 2024 com 270 mulheres e 70 homens identificou que o Networking é obstáculo para mulheres ocuparem conselhos de administração. Veja alguns resultados da pesquisa:
- “Dificuldades para cultivar conexões profissionais e julgamentos desfavoráveis são os principais obstáculos para que as mulheres ocupem mais espaço nos conselhos de administração de empresas”.
- “A pesquisa identificou que 4 em cada 10 conselheiras dizem que desistiriam do cargo se percebessem que suas colaborações não geram transformações”.
- “As conselheiras carregam consigo diversas habilidades comportamentais, cognitivas e emocionais, capazes de transformar qualquer desafio em oportunidade, ainda mais quando elas mesmas despertam um olhar crítico sobre diferentes temas”, diz Adriana Rosa, líder de transformação organizacional na Korn Ferry.
- “O maior obstáculo identificado por 52% das entrevistadas para existirem mais mulheres na posição de conselheira são os vieses – tendências a distorções de julgamento geralmente desfavoráveis – de conselheiros mais sêniores e presidentes de conselho sobre as mulheres de forma geral, baseadas em crenças machistas, de forma consciente ou inconsciente, e a falta de ações afirmativas para mudar esse cenário”.
- “O networking é um desafio para as mulheres porque a forma de relacionamento para construir uma rede de contatos sofre com o contexto social envolvendo questões de gênero carregados de vieses inconscientes, preconceitos e a diferença de rotina comparada a dos homens”, diz Adriana Rosa, líder de Prática de Transformação da Korn Ferry.
- “Culturalmente é esperado das mulheres que cumpram tarefas de cuidado, o que, na prática, influencia sua rotina e pode afetar o tempo disponível para engajar em eventos de trabalho. Esse contexto pode influenciar que homens não convidem suas colegas de trabalho mulheres para eventos em que costumam convidar os colegas homens e onde conexões profissionais e decisões de negócio podem acontecer informalmente”
Pesquisa local com mulheres maduras
A Estilo 5.0+ conversou com algumas mulheres e identificou alguns pontos em comum no comportamento da mulher brasileira madura que podem justificar a dificuldade em construir o networking profissional e pessoal:
- Cultura machista: “Na nossa cultura, as mulheres são ensinadas a serem competitivas e não se apoiam umas às outras”.
- Falta de tempo: “As mulheres, em geral, são responsáveis por mais tarefas domésticas e de cuidado com os filhos, com os pais, do que os homens. Isso pode dificultar a participação em eventos e atividades de networking”.
- Insegurança: “As mulheres podem se sentir inseguras ao se aproximarem de outras mulheres especialmente hierarquicamente superiores por não se acharem boas o suficiente ou terem baixa autoestima”. Você já deve ter ouvido falar sobre a Síndrome da Impostora, quando a pessoa constrói uma imagem de si mesma de incompetência ou insuficiência.
- Priorização da família: “Muitas vezes as mulheres desistem de um encontro entre amigas e uma possibilidade de networking por uma demanda da família, atender a uma solicitação de filhos ou marido”.
Talvez as gerações mais jovens consigam mudar este cenário, investindo mais no networking para crescimento profissional e pessoal.
A falta de networking pode prejudicar as mulheres de diversas maneiras. No mundo corporativo, elas podem perder oportunidades de emprego, promoção e desenvolvimento profissional. Na vida pessoal, oportunidade de fazer novas amizades, ampliar seu horizonte perante a vida, compartilhar e construir uma rede de apoio emocional.
Encontros regulares entre mulheres podem ser uma ferramenta poderosa para ajudar a alcançar os objetivos profissionais e pessoais, além do apoio emocional na tomada de muitas decisões.
Homens se reúnem para realizar diversas atividades. Mulheres também podem se reunir e fazer as coisas que mais apreciam. Encontre a sua turma!
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Um abraço!
Time Estilo 5.0+
Fontes:
https://minabemestar.uol.com.br/networking/
https://www.sebrae-sc.com.br/blog/como-fazer-networking-um-passo-a-passo-para-empreendedoras