Você já sentiu algo diferente simplesmente porque um novo ano chegou? Muitas pessoas têm esse despertar de sentimentos nesta época como por exemplo esperança, alegria, fé, gratidão e satisfação. Em outras pessoas pode gerar angústia, ansiedade e até mesmo tristeza.
Fato é que no início de cada ano um ritual costuma se repetir. Paramos e temos oportunidade de refletir e de pensar: o que foi realizado, o que não conseguimos fazer e quais são os novos projetos para o ano que segue. Será que finalmente a paz está próxima? E as incertezas irão desaparecer?
Mas afinal, que sentimentos o novo ano desperta nas pessoas e por que isso acontece? Você já refletiu sobre esse momento?
Ano novo, vida nova, será?
Ano novo, vida nova é um dito popular que parece traduzir um sentimento de renovação que contagia as pessoas na virada do ano.
Na opinião da Psicóloga Clínica Angélica Samarco há várias formas das pessoas olharem para esse sentimento. Uma delas pode ser como um sistema de crenças. E essa crença varia de cada costume e histórico familiar das pessoas e qual valor dão para esse movimento da passagem do ano.
Pode ser um marco que existe dentro da pessoa. E há esse aspecto psicológico de crença mesmo, onde a pessoa acredita que algo novo, ou algo diferente do que foi no ano que passou virá.
Angélica afirma que há uma explicação psicológica do nosso sistema de crenças, ou de experiências familiares.
Os sentimentos que o Ano Novo desperta são benéficos
Angélica entende que existem sentimentos despertados pelo Ano Novo que são benéficos para as pessoas.
Um é o afeto gerado pelos momentos de reunião das pessoas não só no Ano Novo, mas também no Natal, na Copa, na Olimpíada. E há uma troca afetiva, amorosa das pessoas. É a união da família, é união de amigos que conforta todos.
Então as pessoas se perguntam: onde você vai passar o Ano Novo? Com que turma você vai, se irá de branco e toda essa simbologia. Mas na verdade, o que mais toca é o estar junto, a troca desse afeto, desse amor, comenta Angélica.
O outro movimento, é o sentimento de encerramento de ciclo e a confiança naquele que se inicia. Ter a fé ou a esperança, que algo se renova. Isso também é gostoso.
A crença pode ser limitante, mas também pode ser estimulante. Se a pessoa acredita que toda passagem do ano é o fechamento de ciclo e o começo de um outro ciclo, se sente renovada e cheia de expectativas para o novo ano.
Enquanto estiver no sentido de gerar alegria, de gerar expectativas, ela acredita que o ano novo será diferente, até como uma conspiração positiva do universo. Sempre virão coisas boas e coisas novas. Isso é benéfico.
O sentimento de renovação é benéfico, mas não é fácil de ser replicado
O sentimento de renovação é benéfico, mas as pessoas não conseguem fazer isso com frequência e incorporar na vida diária.
Por exemplo, essa semana foi muito ruim. Será que a pessoa poderia olhar isso como um ciclo e observar a semana que vem, o dia de amanhã com mais esperança?
É um ciclo, mas as pessoas não fazem isso com frequência. Só no final do ano. São poucas as pessoas que conseguem encerrar um ciclo e se disponibilizar para um novo.
A história do luto, por exemplo, da pessoa poder fazer lutos pelas perdas. Algo que termina, algo que se encerra, seja um emprego, seja uma relação e depois você se disponibilizar para algo novo que chega. Não é fácil, nem tão rápido.
Olhar para tudo como foi, como aconteceu como coisas boas.
Na visão particular de Angélica Samarco, as coisas ruins servem para uma evolução, para um novo caminho. Então é olhar para esse passado, olhar para essa história desse ano e ver o quanto o que a pessoa aprendeu, o que evoluiu, de que forma lidou com as situações e como as coisas que não lidou muito bem, que ela não evoluiu.
Mas Angélica entende que as pessoas estão buscando cada vez mais esse autoconhecimento, esse olhar para ela mesma sobre os ciclos de renovação, sobre o movimento de fechar um ciclo e se preparar para um novo, com ânimo, com sonhos e com fé.
Ao mesmo tempo entende que não é um processo fácil porque a pessoa acaba caindo nas outras crenças “eu não vou conseguir, não vai dar certo, não mereço. Ela volta para o ciclo do perdedor, do não merecimento.
Talvez o réveillon e a passagem do ano tragam essa possibilidade de merecimento, “eu posso tudo”. Vou sonhar, vou planejar, apesar de ser somente uma mudança de calendário.
A importância do autoconhecimento para definir metas factíveis e ter foco na realização
Independentemente dos sentimentos que o ano novo cause numa pessoa, entender, cuidar e tratar estes sentimentos trarão resultados positivos e as crenças são partes importantes do autoconhecimento.
Angélica reforça que o sistema de crenças está ligado ao histórico familiar com diferentes movimentos de cada cultura então é importante olhar para isso.
Como superstição, há muitas práticas nas diferentes culturas. Como pular onda do mar, comer lentilha. Ela acha aconchegante, gostoso, esse acolhimento da nossa criança interna.
Se algumas pessoas querem olhar para esse ano que passou, para o que ela ainda não conseguiu e fazer melhor ainda. Qual a dificuldade, qual o seu propósito e as ferramentas de fazer no novo ano.
Se vai fazer ou não, só o propósito já é um movimento bom. Todo desejo de algo novo é sempre bem-vindo. Só tomar cuidado para não ficar julgando. Se criticando, se condenando porque não conseguiu no último ano. Todo dia é um novo dia para começar qualquer meta que você estabeleça. É uma forma de estimular para seguir em frente.
Neste sentido, o autoconhecimento vai possibilitar traçar metas factíveis. Por exemplo: a pessoa não conseguiu perder os 10kg que se propôs, mas perdeu 2. Então não lamente, sinta como uma evolução, comemore e persista.
Angélica concorda e comenta que existem coisas que vão ser a curto e médio prazo e outras metas que serão a longo prazo, a pessoa precisa colocar foco e determinação.
Como se mantém no propósito de virada de ano? É acolher, ter a consciência, autoconhecimento, mesmo que para ela não seja fácil. Se escorregar e ir para o desmerecimento. É preciso acolher, escutar e enfrentar os seus medos.
Olha para o medo. E segue em frente. As pessoas têm muito medo da rejeição, de falhar e se frustrar. Mas precisa voltar para o foco e retomar.
Quando a pessoa está muito confortável numa situação precisa avaliar o todo. Aqui, novamente, o autoconhecimento é importante. Ser honesto com você mesma. Se ela já fez todas as evoluções e tudo o que a criança interna queria. Isso é uma coisa. A Psicóloga Angélica Samarco dá um exemplo de pessoas que dizem “ganho pouco, tenho subemprego, mas está tudo certo, consigo pagar as contas, está dando para viver”. Há uma criança triste ali que se limitou na condição. Estar atento para ver se é real essa zona de conforto.
Aproveite a chegada do Ano Novo para definir metas factíveis e uma delas pode ser investir mais em autoconhecimento e aproveitar a sua longevidade intensamente, da melhor maneira que você puder!
Se você ainda não assistiu ao bate papo da Fundadora da Estilo 5.0+, Cintia Yamamoto, com a Psicóloga Angélica Samarco, assista:
Contato da Angélica Samarco:
Instagram @angelicasamarco.psicologia
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Time Estilo 5.0+