Visagismo é o conjunto de técnicas usado para valorizar a beleza de um rosto. Maquiagem, cosméticos, tintura, corte de cabelo e design de sobrancelhas fazem parte desse estudo.
Todas somos belas e temos pontos de beleza nem sempre valorizados.
O visagismo realça o que temos de melhor e minimiza o que não queremos destacar.
Para aprendermos sobre visagismo, a Fundadora da Estilo 5.0+, Cintia Yamamoto, fez um bate papo com Emily Adachi, especialista em Imagem & Visagismo pela Ecole Supérieure de Relooking. Graduada em Administração e Comércio Exterior, Pós-Graduada em marketing de serviços, tendo atuado durante 15 anos no mercado corporativo, com foco em marketing, comunicação, eventos e relações públicas. Emily é psicanalista e entusiasta pelo comportamento humano. Apaixonada por arte, boa gastronomia e pelos mistérios do subconsciente.
Vamos conhecer essa técnica?
Visagismo. O que é e como surgiu
O visagismo surgiu em 1937, por Fernand Aubry, um maquiador e cabeleireiro francês. A palavra visagismo é uma tradução do visagisme, que vem do francês visage, que significa “rosto”.
Uma técnica que Fernand Aubry criou e Philip Hallawell, um artista plástico, trouxe para o Brasil.
De uma apostila criada por Philip Hallawell para um curso de visagismo, ele publicou posteriormente, em 2003, o livro “Visagismo: harmonia e estética”.
O visagismo é o conjunto de técnicas usado para valorizar a beleza de um rosto.
Maquiagem, cosméticos, tintura, corte de cabelo e design de sobrancelhas, por exemplo, são algumas das práticas adotadas.
Para isso, é realizado um estudo das características físicas e psicológicas da pessoa.
O visagismo é aplicado por um profissional especializado, que recebe o nome de visagista, como a Emily Adachi.
Algumas práticas:
Harmonização facial: utiliza os produtos estéticos para conseguir uma harmonia no rosto.
Harmonização estética: avalia o melhor formato de cabelo, de sobrancelha, de rosto, de maquiagem, dentro do que a pessoa está buscando.
Importância do visagimo na vida das pessoas
Emily explica que o visagismo faz muita diferença porque fala sobre o senso de identidade e defende que 30% desta identidade está no corpo com as características físicas, roupas, acessórios, gestos e postura, mas 70% está no rosto com o formato, a cor da pele, corte do cabelo, textura, maquiagem e dentes.
Conforme Emily, o visagismo na consultoria de imagem é um conceito ampliado. Consegue avaliar o que os traços de uma pessoa comunicam, não só o seu cabelo, mas também os traços do rosto comunicam algo, o formato do rosto, a largura, o nariz e queixo.
O visagismo divide o nosso rosto em três terços: terço superior, terço médio e terço inferior. E cada um de nós tem uma medida diferente.
Alguns têm o terço superior maior do que o médio. Cada um tem uma formação. No formato dos olhos e na distância entre os olhos.
Segundo Emily, é importante a pessoa entender o que os traços do seu rosto comunicam para o externo, que imagem transmite.
Um rosto quadrado pode ser considerado como forte. Mas se o rosto é mais redondo, oval, que imagem transmite para o outro? E se a boca for mais fininha e os olhos mais proeminentes? Não é o caso de ser bonito ou feio, mas que mensagem é transmitida.
No visagismo, as linhas e os traços são estudados, como a leitura de um scanner, para que sejam propostos cortes de cabelo, coloração, estilos de maquiagem e outros para atender o que a pessoa quer, naquele momento de vida. A leitura é totalmente emocional.
O cérebro transforma tudo em símbolos. Ele leva 13 milésimos de segundos para transformar tudo o que a pessoa vê em formas e cores. O cérebro cria emoção e sensação.
Se o traço é reto, transmite a mensagem de firmeza, força e estabilidade.
Um rosto quadrado transmite a mensagem de que a pessoa é mais enérgica, mais firme, mais dura.
Um cabelo de corte mais reto, mais quadrado, em um rosto mais quadrado, o que reforça na imagem? Se a pessoa quer uma imagem mais leve, mais suave, o que deve realçar?
Quanto mais a pessoa sabe o que ela comunica, mais consegue ver o todo, melhor define qual a cor de cabelo ideal para o seu momento, a maquiagem mais adequada e o melhor tipo de óculos.
Se uma pessoa que tem um terço superior maior, reforça o intelecto. E pode transmitir a imagem de uma pessoa mais inteligente, mais intelectualizada. E se tem o terço médio bem pequeninho, que é a parte da emoção, transmite inteligência, mas falta emoção.
Então a maquiagem deve dar mais vida a esse olhar. Aumentar mais esse lado emocional, reforçar menos o lado do intelecto. Pode cortar uma franja, uma franja mais lateral e sem acentuar os cantos do corte quadrado.
Visagismo: como funciona o processo
O visagismo pode ser feito sozinho ou como parte de uma consultoria de imagem que é composto de várias etapas. Vai depender do objetivo de imagem que a pessoa tem, o que quer transmitir. Ajudar a alinhar ou reforçar a representação externa, mostrar claramente como eu quero ser vista.
É importante um bate papo inicial para entender o que a pessoa quer, o que ela busca e o seu momento de vida.
Segundo a Emily, o formato do rosto diz muito de quem você é. Quando começa a fazer a leitura de um rosto, muitas vezes a pessoa tem a impressão de estar numa cartomante, mas nada mais é do que o rosto dela comunica. E quando os resultados são apresentados e descobre o que o seu rosto comunica e como pode mudar, a transformação acontece.
No processo de visagismo desenvolvido pela Emily Adachi, geralmente é solicitada uma conversa inicial para entender o que a pessoa quer transmitir e tirar as medidas do rosto. Ou numa etapa anterior, que é a preferência da Emily, a pessoa envia fotos e a conversa acontece depois porque assim ela já consegue demonstrar com as imagens e medidas, as uma recomendação do que fica melhor em função do que o rosto comunica e o que a pessoa quer comunicar naquele momento da vida.
A pessoa recebe um dossiê com as medidas dos seus terços de rosto, o que comunica, seu temperamento, pontos de atenção, o que não deve usar e as recomendações. Tudo pode ser feito em um único encontro.
Reavaliação periódica
A avaliação base das medidas do rosto não muda porque está associada a estrutura óssea. Existem 2 situações em que uma reavaliação é recomendada pela Emily:
- Nos casos em que a pessoa faça um procedimento estético como uma harmonização facial
- Caso a pessoa queira fazer uma mudança de imagem por algum objetivo de vida diferente como uma mudança de emprego, de status de vida, pós maternidade, etc.
Visagismo na maquiagem
A maquiagem também é uma ferramenta para reforçar e explorar melhor a imagem que a pessoa quer passar, explica Emily.
Depois da avaliação dos terços e identificar o ponto mais forte do rosto daquela pessoa, existem várias técnicas na maquiagem para valorizar a moldura do rosto, a harmonia estética.
Dá para explorar melhor na maquiagem. Por exemplo, se o terço inferior é mais forte, como a boca e o queixo, e faz sentido destacar esta parte porque me posiciona, me destaca, então faz sentido usar o batom vermelho para destacar a boca.
Outro exemplo para quem tem o terço médio apagado, pode-se valorizar o olhar usando sempre o rímel para abrir o olhar.
Recomendações para quem quer aplicar a técnica do visagismo
Emily explica que a mensagem dos traços vale para tudo. O cérebro da gente lê da mesma forma. Com essa informação, pode redefinir o formato do cabelo, do brinco, da roupa e os formatos das estampas mais adequadas.
Alguns exeplos da mensagem dos traços:
- linha reta horizontal: estabilidade
- Reta vertical: força e controle.
- Inclinada: dinamismo e flexibilidade
- Curva: emoção
- Pontas de cabelo voltados para dentro: introversão
- Pontas de cabelo voltados para fora: extroversão.
São conceitos de traços que valem para tudo e são muito utilizados pelos cabeleireiros.
Quem sabe neste momento de maturidade não será interessante fazer uma reavaliação dos pontos fortes e evidenciá-los?
Caso você queira fazer ou saber mais, segue o e-mail de contato da Emily: contato@emilyadachi.com.br.
Convidamos você a assistir o bate papo integral da nossa Fundadora com a Emily Adachi acessando o canal do YouTube da Estilo 5.0+:
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