“Só quero saber. Do que pode dá certo. Não tenho tempo a perder” letra de uma música do Titãs que ilustra o nosso tema de hoje sobre histórias de Inspirações de vida. Uma categoria criada pela Estilo 5.0+ baseada nas sugestões de suas seguidoras do Instagram.
A Fundadora da Estilo 5.0+ Cintia Yamamoto convidou para um bate papo a Beatriz Galloni, uma mulher que cultiva diariamente o otimismo e a crença de que tudo pode dar certo. E de que vale a pena viver!
Vamos conhecer um pouco sobre a Beatriz Galloni
Beatriz é atualmente é Diretora responsável pelas áreas de marketing e sustentabilidade do Banco Safra.
Membro do Conselho Deliberativo do Ibramerc Live University
Foi uma das mulheres escolhidas para receber mentoria de Conselheiros sênior pelo IBGC e IFC em 2017. Bastante engajada no tema de diversidade e empreendedorismo feminino, Beatriz é conselheira e mentora do programa “EY Winning Women” no Brasil
Foi responsável pela área de marketing da Mastercard Brasil e Cone Sul por 12 anos e tem mais de 20 anos de experiência no mercado de consumo em grandes empresas como a Tetra Pak, Unilever, RMB, Quaker e Danone.
Beatriz é casada, tem dois filhos, adora viajar, cozinhar e ainda ajuda o marido na gestão de seu restaurante Mezzogiorno
Fatores e decisões que fizeram a diferença na trajetória
Positividade e Otimismo – Beatriz acha que já nasceu de um jeito legal: uma pessoa positiva, otimista que sempre olhou o copo cheio. Ela entende que sempre abraçou as oportunidades que foram surgindo na sua vida e curtiu participar delas.
Experimentar coisas novas e aceitar o desconhecido – Beatriz acredita que ter o olhar positivo e dar chance para as coisas darem certo faz a diferença, da mesma maneira que ir atrás de coisas novas, aceitar o desconhecido. E aí se empenhar para fazer as coisas acontecerem. Ela garante que isso te dá uma garra e uma energia muito positiva que faz com que as coisas vão dando certo.
Networking (rede de relacionamentos) – A rede de relacionamentos, é muito importante dentro ou fora da empresa/organização.
Na empresa/organização, não é só o chefe que nos avalia e que nos leva a ter uma carreira melhor; é todo o entorno. As pessoas que trabalham com você, os seus pares, chefes dos seus pares e os subordinados que vão criando sua imagem dentro da empresa. E quando você consegue uma relação positiva dentro da organização, você consegue mostrar o seu trabalho.
Dentro ou fora da empresa/organização, quando você valoriza as pessoas que fizeram um bom trabalho, elas se sentem felizes e gratas por isso, quando você dá chance de outros também serem vistos, quando você ajuda um colega de outro departamento a atingir suas metas, a mesma coisa, você vai criando laços fortes na empresa e com as pessoas. E tudo isto faz com que você seja lembrado e indicado oportunidades no mercado.
Autoconhecimento – Entender quais são os seus skills (habilidades) pessoais. Ver no que você é boa e no que não é.
Valorizar os seus talentos e estar próxima de pessoas que são boas naquilo que você não sabe. Isso nos complementa. E aí fazemos times diversos e assim a gente vai crescendo junto, reforça Beatriz
Conhecendo um pouco sobre o Programa de Empreendedorismo Feminino – EY Winning Women
Beatriz Galloni, Conselheira e Mentora do EY Winning Women (Ernst & Young Global Limited) explica que este Programa é uma iniciativa da EY para apoiar mulheres empreendedoras que tenham pelo menos 51% do negócio e uma empresa com pelo menos R$ 3 milhões de faturamento. Todas se inscrevem com seus cases e são avaliadas por uma bancada sênior. A cada ano, 10 empreendedoras são valorizadas e recebem mentoria e aconselhamento.
Além da mentoria, as empreendedoras têm a oportunidade de fazer um networking maravilhoso. Se relacionam com pessoas incríveis, como Luiza Trajano, Chieko Aoki, dentre outras, que podem agregar muito.
As conselheiras e mentoras são alocadas para as Mulheres Empreendedoras que participam do programa, de acordo com a expertise de cada uma, geralmente em pares, mais uma pessoa da EY. Beatriz Galloni explica que no caso dela, está mais focada para os aspectos mercadológicos. Se o desafio for mais financeiro, será alocada uma conselheira com esse perfil. Além disto, as Empreendedoras participam de uma série de treinamentos na EY.
Beatriz ressalta que o aprendizado é tanto para as Empreendedoras quanto para as Mentoras porque é um misto de conhecimentos e segmentos diferentes!
A boa notícia que a Beatriz traz é que o programa não tem limitação de idade. É independente da idade, é para qualquer faixa etária de mulheres empreendedoras.
Para mais informações sobre o Programa EY Winning Women, acesse https://www.ey.com/pt_br/entrepreneurship/ey-entrepreneurial-winning-women-brazil
Falando sobre a diversidade geracional e valorização dos profissionais maduros
Beatriz acredita muito na diversidade geracional porque entende que a convivência entre jovens e pessoas maduras é muito produtiva. Experiência, vivência dos maduros por um lado e o conhecimento de coisas como o digital, o metaverso, um aprende com o outro e juntos fazem as coisas acontecerem.
Em sua empresa atual, a diversidade geracional é valorizada. Ela mesma que foi contratada aos 55 anos “pela minha competência e histórico de carreira” e, ao mesmo tempo, a empresa conta com diretores jovens em cargos muito relevantes e, na sua opinião, esta convivência ajuda a pensar de forma diferente, o que é positivo para o negócio.
Entende que o mercado está num momento de transição. Se por um lado algumas empresas, como nas Fintechs, Startups têm buscado profissionais mais maduros com mais experiência, ela também tem presenciado muitos colegas, a partir de 50+ que passaram a buscar outras oportunidades, outros caminhos, porque não encontram lugar no mercado formal.
Acabaram descobrindo um novo caminho para suas vidas, como consultoria e outras atividades e um novo direcionamento para suas vidas. É importante buscar algo, afinal, vamos viver até os 100 anos!
ESG: Environmental, Social and Corporate Governance (ambiente, social e governança empresarial) – Práticas e Oportunidades
ESG são as letras escolhidas para avaliar os aspectos sociais, ambientais e de governança corporativa na organização.
Beatriz explica que a grande diferença hoje é que antes tratava-se a sustentabilidade somente pelos aspectos ambientais. Agora estão incluídas as questões sociais como a preocupação com o ser humano e seus direitos diante da exploração da mão de obra e, principalmente os aspectos da governança, para evitar práticas abusivas de empresas.
Segundo Beatriz, as empresas que atuam com ESG não precisam ser, necessariamente, super apaixonadas pela sustentabilidade e pelo meio ambiente. O ESG é um olhar para o negócio, para evitar riscos desnecessários com a organização. Por exemplo: aquecimento global: como pode afetar o meu negócio ou do meu cliente?
As empresas começaram a olhar ao redor e ver se os seus parceiros de negócios praticam trabalho escravo, exploram o meio ambiente ou têm práticas empresariais questionáveis.
ESG deve ser incorporado nas organizações e não em um departamento. Um novo olhar para o negócio e para os seus parceiros e clientes, reforça Beatriz.
Além de beneficiar a organização, o pensar ESG ajuda o planeta. Temos que estar muito preocupados com o aquecimento global nos próximos anos. Se continuar evoluindo, nossos netos não terão cidades litorâneas para viver.
Prática de mão de obra abusiva com a utilização de trabalho escravo não deveria mais acontecer no mundo atual. E toda essa carência de trabalho, com pessoas desempregados, doentes de covid e passando fome. É preciso desenvolver um olhar mais humano, um capitalismo consciente.
Esta prática está no início. Muitas empresas ainda estão se organizando, construindo áreas e departamentos nos últimos anos. Mas é importante fazer e se engajar com o ESG.
O ESG pode gerar oportunidades para as Mulheres 50+! Você já pensou em aprender mais sobre este tema? A Beatriz disse que ela mesma não nasceu no meio da sustentabilidade, mas assumiu a responsabilidade e está estudando. Participa de palestras, faz cursos, conversa com pessoas, com os pares na indústria. Todos no mesmo caminho e todos tentando se ajudar com informação e tentando fazer a coisa acontecer. E ainda pode conhecer gente diferente e aumentar a sua rede de relacionamentos!!
Beatriz Galloni dá as dicas de como recarrega a sua energia e faz rodar todos esses pratinhos.
Gostar do que a gente faz – Olhar com positivismo. Essa paixão pelas coisas torna o trabalho não um suplício, mas uma alegria. Uma coisa agradável. Claro que tem desafios e coisas chatas também, mas faz parte! Contar piada, se divertir. Fazer o trabalho com leveza.
Equilibrar o tempo – Por exemplo, parar para almoçar, para encontrar as pessoas que eu gosto, chegar mais tarde no dia da ginástica, sair mais cedo se estiver muito cansada, tomar café da manhã com a família, fazer atividades que te tragam prazer.
Guardar os finais de semana para você, para a família, para amigos e não para o trabalho, sempre que possível.
Tudo o que a gente faz com equilíbrio sempre dá tempo.
Para Beatriz, o papel mais importante nisso tudo é o da família. Ter o apoio da família, do marido, que ajuda a dividir as tarefas, que dá força, que valoriza o trabalho foi e é fundamental!
O período e os aprendizados com o Câncer
Beatriz conta que a notícia e o início causa muito medo e é muito assustador. Medo de morrer, medo de perder o pé, onde foi a doença, o stress da busca pelo médico e a escolha do médico.
A empatia do médico, a confiança na competência e o ótimo astral que sempre colocava a Beatriz pra cima, fizeram toda a diferença.
Ter tido câncer há algum tempo atrás me deu uma percepção diferente dos valores, de fazer o que eu gosto.
Outro fator fundamental, segundo a Beatriz, é o fato de ser positiva, desde o momento em que o tratamento foi definido, ela acreditou que ia ficar curada.
E, mesmo durante as sessões de quimioterapia e radioterapia, continuou trabalhando. A cabeça ficava funcionando, estava ótima. Foi difícil, mas não tão dolorido. Ficou carequinha, usou peruca e acabou optando por ter cabelo curto, mais prático.
Ter o apoio da empresa, dos pares, dos amigos, ajudaram muito, inclusive uma época que descobriu tantas pessoas que gostavam dela e quem eram realmente os seus amigos e a valorizavam.
Beatriz ressalta um importante aprendizado com o câncer: viver cada momento. Menos medo de arriscar. Não se arrepender do que já fez. Viver. Aproveitar cada momento dessa vida. Valorizar as pessoas que estão à sua volta. Estar com quem você ama o máximo de tempo possível. Curtir esses momentos. Deixar de se preocupar com besteiras. Não deu certo um projeto, faz de novo. Aprende com o erro, vamos em frente.
Tudo se dá um jeito; exceto a morte.
Mensagens inspiradoras da Beatriz
“Cuidar da saúde da gente. Fazer check-up anual. Fazer exercícios. Não pode ficar muito gordo. Equilibrar na bebida. Vida saudável. Para que a gente viva saudável até os 90-100 anos”
“Valorizar o que é realmente importante. Não se estressar com besteiras. Respeitar o outro. Respeite o pensar, a ideia do outro, a forma como a pessoa vê as coisas. Seja feliz”
“Faça o que você gosta. Mesmo que seja para ganhar menos. E seja feliz!”
Convidamos você a assistir o bate papo integral da nossa Fundadora com a Beatriz Galloni, acessando o canal do YouTube da Estilo 5.0+:
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