A música e a sensibilidade de pessoas com Dirce Vassimon

A música e a sensibilidade de pessoas com Dirce Vassimon

A música pode aumentar a nossa sensibilidade no relacionamento com as pessoas e favorecer o nosso autoconhecimento.

Ou seja, excelente para afinar a nossa percepção de mundo e de nós mesmos. Tocar um instrumento musical, ou mesmo cantar, pode ser uma excelente terapia.

É o que nos conta Dirce Vassimon, convidada da fundadora da Estilo .50+, Cintia Yamamoto.

Vamos conhece-la?

Dirce é proprietária da Lucfor Participações e Consultoria Empresarial

Tem mais de 40 anos de experiência nas áreas de Recursos Humanos em grandes empresas, tanto no Brasil como na América Latina, como Argentina, Chile, Colômbia e Venezuela, de diversos segmentos como a Editora Ática, a Amway do Brasil, a Ford e o Citibank

Formada em Administração com extensão na FGV e diversos cursos de especialização nos Estados Unidos.

Casada, 2 filhas, 1 neta.

As experiências positivas com o mundo musical em sua vida

Na verdade, desde que se entende por gente, sempre adorou música, nos conta Dirce. Ficava na casa da sua avó e ouvia os discos que ela colocava para tocar. Com 5 anos, tinha uma prima que tocava acordeom e ficava ouvindo ela tocar, maravilhada. Então, sua mãe colocou Dirce Conservatório Musical para aprender acordeom.

Dirce comenta que teve essa formação que considera muito importante.  Muitas vezes quando estava chateada, ela chegava em casa, pegava o acordeom e extravasava através da música aquilo que estava sentindo. Uma chateação ou uma alegria. Quando terminava de tocar, já estava bem outra vez.

Dirce cresceu com essa formação musical associada à sua formação acadêmica normal.

Dirce acha que a formação musical para a vida de qualquer pessoa é muito boa. Não que ela pretendesse trabalhar com música. Isso nunca foi sua aspiração. Mas ter a música na vida foi superimportante para se conhecer como ser humano e os sentimentos que ela trazia dentro de si.

Dirce lembra já na época que era muito prazeroso. E que a música contribuiu muito para a sua vida.

Ela comenta que começou no conservatório musical aos 5 anos e com 15 anos já estava se formando. Foram 10 anos de música clássica, envolvendo as matérias que o conservatório tem como folclore, pedagogia musical e uma série de temas que envolvem o instrumento. Ela até contribuiu com duas crianças que queriam aprender música e deu aula para elas, mas depois parou. Queria trabalhar no mercado corporativo. Com 16 anos Dirce entrou para o mercado corporativo, mesmo contra a vontade de seus pais. Queria ir para o mercado corporativo e continuar seus estudos à noite. Começou a trabalhar num pequeno escritório próximo de casa e aí começou a sua carreira.

Mas a parte musical foi muito importante na sua vida, destaca Dirce.

Como as pessoas podem ter acesso e se beneficiar do aprendizado musical?

Acho que não necessariamente a pessoa precisa fazer daquilo o seu projeto de vida, mas se ela puder estudar canto, ou alguma coisa próxima de um teclado para saber educar o seu ouvido musical, pode ajudar a se entender melhor como ser humano, destaca Dirce.

“Me ajudou muito, reflete Dirce. Estou falando da minha experiência”. Dirce aconselha quem puder ter contato com a música como experiência de vida, faça isso. Hoje temos muitas ferramentas tão boas que facilitam o contato com a música, via internet. Há cursos gratuitos de instrumentos, de canto, de trabalho com ouvido e de sonorização do ouvido. Hoje a tecnologia está muito favorável para se ter alguns momentos dedicados à música. É tão enriquecedor para o ser humano, para inclusive entender o outro ser humano, ser um pouco mais sensível em relação ao outro, a outra pessoa, além de você mesmo, contempla Dirce. Para ela foi assim.

Experiências e realizações profissionais

Dirce responde que tinha vontade de ser independente financeiramente, de ter as suas coisas. Num primeiro momento foi isso. A primeira oportunidade foi num escritório pequeno onde desenvolveu várias atividades como em RH, contabilidade e todo aquele mundo de um escritório pequeno.

Aos 18 anos, queria alçar novos voos. Estava terminando o colegial. E havia o Citibank onde todas as pessoas queriam trabalhar. Um dia, já quase para se formar, tomou um ônibus e foi até o Citibank, nos conta Dirce. Chegando lá, descobriu que haviam 2 vagas em aberto: uma para Contabilidade e outra para o RH. Ela resolveu se candidatar para a de Contabilidade e participou de um longo processo seletivo.

Antes da aprovação final, foi entrevistada pela psicóloga que disse: você não vai para a Contabilidade, você foi feita para trabalhar na área de RH. “Bendita Dona Néli”, relembra Dirce emocionada.

“Fiz uma carreira na área de RH e adorei!  Eu tinha 18 anos. Foi ela que me indicou acertadamente. Sempre achei que tinha sido feita para a RH. Sempre me identifiquei. Mas foi essa pessoa foi quem me direcionou. Trabalhei 5 anos no Citibank, depois fui para a Ford. Agradeço a essa senhora. Me identifiquei demais”. Comenta Dirce agradecida.

É sempre complexo para um jovem ter clareza dos caminhos profissionais a seguir. Mesmo no passado, onde as carreiras eram mais reduzidas como ser médico, advogado ou administrador.

Hoje em dia a diversidade é impressionante comenta Dirce. “Meu marido é advogado. Minhas filhas, uma é jornalista, a outra é estilista. A que escolheu a carreira de moda, na época, fiquei questionando, filha você tem certeza? E ela respondia, tenho mãe, eu amo isso daí”.

Hoje há muitas opções. Dá uma incerteza para o jovem que tem mais dificuldade em escolher a carreira a seguir. Na época era isso, ou aquilo. Mais fácil de escolher a carreira a seguir, mesmo assim não sabia exatamente o que escolher, relembra Dirce. Como tinha habilidade com números pensou em seguir a carreira de contabilidade, mas foi aquela pessoa que identificou nela características que nem ela mesma sabia: a habilidade de lidar com pessoas. Dirce agradece o direcionamento da psicóloga por ter tido uma minha carreira bem-sucedida. “Tive essa sorte na vida”, se emociona Dirce.

Aprendizados na gestão de profissionais de países diferentes

Dirce nos conta que durante a sua carreira chegou a ser responsável por gerir o RH de outros países. No início pensou que precisaria se preparar para lidar com outras culturas. “Será que vou me dar bem”? Ela se indagava.

Dirce sempre teve muito cuidado em lidar com essas pessoas que se reportavam a ela aqui no Brasil, e ela se preocupava com as diferentes culturas. E dentro da sua área, estudou muito sobre o RH de outros países porque difere muito de um país para o outro. Essa foi a sua primeira preocupação. E a segunda, entender a cultura para poder trabalhar e saber o “dia a dia” da administração desses países.

O que ela só descobriu visitando todos esses países. No princípio foi América do Sul, depois América Latina, incluindo México também.  Às vezes fazia 4 países de uma vez. Mesmo sendo América Latina, as culturas são diferentes.

Há rivalidades entre os países. Por exemplo, Chilenos e Argentinos. É curioso. Tinha que ter uma suscetibilidade para lidar com isso. Às vezes tinha que dar um treinamento para eles e não podia levar um exemplo de um país para o outro para não criar antagonismos. Tinha que ter sensibilidade para lidar com isso para não ferir sentimentos e suscetibilidades.

Ela trabalhava muito próximo da Argentina e do Chile. E quando tinha que envolver os times dos dois países numa sala só para fazer uma palestra ou treinamento, era um desafio.  Ela tinha que ter jogo de cintura. E trabalhar para que eles fossem unidos pelo menos naquele treinamento. Um trabalho cuidadoso que exige sensibilidade e bom senso.

Dirce comenta que no fundo quando se conhece as pessoas mais profundamente, mesmo com culturas diferentes, percebe que o ser humano é igual. Têm os mesmos sentimentos, os mesmos medos que você tem, independente da cultura. Aquele mesmo respeito, aquela união familiar. É interessante quando se consegue transpor a cultura e se conhecer o ser humano. O ser humano é igual. Independente da cultura e da nacionalidade. No fundo todos são iguais. É gratificante ver que o ser humano é único.

Ela percebia isso quando saía com eles para jantar depois do trabalho. E cada um falava da sua família e do seu eu interior. Não existem pessoas diferentes, todos são iguais a você.

A sua carreira profissional trouxe muito conhecimento não só técnico, mas principalmente um conhecimento muito maior do ser humano.

A importância do planejamento ao abrir a sua própria empresa

Depois de muitos anos trabalhando e viajando muito por conta de suas responsabilidades profissionais por outros países, Dirce queria ficar mais próxima da família e administrar melhor o seu tempo.

Com essas premissas, planejou, estruturou e abriu uma consultoria pequena em RH para trabalhar com pequenas e médias empresas no Brasil.

E foi muito bom, reflete Dirce. Ela se sentiu mais dona dos seus horários, da sua vida. Começou a atender empresas pequenas, com projetos pequenos que abrangiam todo o RH. Hora trabalhava em pesquisa de clima organizacional, ora pesquisa de salários ou na implementação de planos de avaliação de desempenho. Pegou vários projetos de todos os subsistemas da área de Recursos Humanos.

Dirce declara que foi gostoso trabalhar com empreendimentos pequenos e criar um pouco do RH nessas empresas. Foi muito prazeroso. Dirce não se arrepende de nada na sua carreira. Estava no momento certo de abrir a consultoria, de ter o seu negócio e gerir um pouco mais do seu tempo.

Aliás, tomar decisões e fazer as coisas de forma planejada fizeram toda a diferença. Além disso, nunca é tarde para aprender. É diferente você pensar numa pessoa com mais de 50 anos hoje em relação a uma pessoa com 50 de anos de tempos atrás. Hoje temos a nosso favor a medicina, as atividades, “vamos para a academia, vamos caminhar, em paralelo a um trabalho que a gente pode continuar exercendo” contemporiza Dirce.

É muito gratificante ter essa multiatividades na vida. De tudo. De qualidade de vida, profissional, quando no passado uma pessoa com 50 anos encerrava a sua vida. E, hoje em dia parece até que a gente fica mais acelerada após os 50, confirma Dirce. Usar o tempo com coisas mais gostosas

Dicas para pessoas que gostariam de aprender algo relacionado à música

Dirce reflete que a música é tão prazerosa que não deve ser vista como um sacrifício. Mas a pessoa precisa gostar de música e ela duvida que exista alguém que não goste. Mas se a pessoa gosta de cantar, mas não tem ouvido ou não tem afinação, pode buscar os programas na internet e explorar isso.

Para educar o ouvido a pessoa precisa estar com a escala musical perfeita na cabeça. Dica prática da Dirce:  “Se a pessoa tem um teclado, por menor que seja, pegue o teclado e comece a teclar a escala musical. O ouvido vai ficar afinado.”  E ajudar a pessoa para que ela possa cantar uma música mais afinada e ter muito prazer em seguir a escala musical na cabeça.

Pode ser um acordeom também, que tem um teclado. Violão é mais difícil. O violão as pessoas aprendem como acompanhamento. Mas o teclado te dá as notas precisas da música. Então, para cantar, pega um teclado e tecla a escala musical. O ouvido vai ficar tinindo e a voz afinada. Essa é uma dica bem simples da Dirce para nós.

“Você tinha me pedido para tocar meu acordeom, mas ele está com um probleminha no fole então não abre. Mas foi meu companheiro. Ele tem anos desde a minha infância. É italiano, meus pais que compraram, mas quis mostrar o meu companheiro. Quando arrumar, vou tocar para vocês.”, promete Dirce!

Muito legal falar para as mulheres de 50+ e há ainda tanta coisa para fazer!

Contato: dirce@amcham.com.br.

Assista a entrevista com Dirce Vassimon na íntegra. Acesse:

Venha participar da jornada da revolução da Longevidade com a gente!

  • inscreva-se no nosso Canal do Youtube, dê um like e ative o sininho para receber as notificações de novos vídeos!
  • continue acompanhando o nosso site
  • siga nossas páginas no Instagram e Facebook.

Um abraço!

Time Estilo 5.0+

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *