Todas nós sonhamos com uma pele rejuvenescida, sem rugas, linhas de expressão, manchas ou sinais de envelhecimento.
Isso faz com que busquemos produtos especiais, na maioria ácidos e muitas vezes sem o devido respaldo de um especialista, mas seguindo esperançosas com as mensagens das mídias sociais.
Mesmo com a indicação de profissionais de estética, ou até de uma dermatologista, uma pele madura pode ter reações diferentes; cada pele é uma pele.
Caso haja uma reação, importante parar imediatamente o uso do produto e informar o dermatologista.
Recentemente alguns ácidos se tornaram muito conhecidos, principalmente com a indicação de influenciadoras digitais.
Esses ácidos podem ser encontrados em cremes, séruns e uma infinidade de outros produtos de cuidados com a pele madura, com diferentes propostas e também nos procedimentos estéticos realizados por especialistas.
Embora possam ser facilmente encontrados na internet, farmácias, drogarias ou lojas especializadas, muitos podem ter contraindicações e precisam ser aplicados em situações específicas com a orientação de um dermatologista.
Conhecendo sobre os ácidos para pele
Segundo artigo publicado na revista Vogue, saiba qual a função dos ácidos mais comuns em produtos de skincare e eventuais reações.
- Ácido Glicólico: Ele promove a esfoliação, melhora a textura da pele e reduz manchas. Mas se usado incorretamente, pode causar irritação,
- Ácido Ascórbico (Vitamina C): Conhecido por suas propriedades antioxidantes, ele protege contra danos dos radicais livres, clareia manchas e estimula a produção de colágeno. Se usado em concentrações muito altas, pode causar irritação e desconforto.
- Ácido Kójico: Utilizado para clarear manchas e uniformizar o tom da pele, inibindo a produção de melanina. Seu uso inadequado pode levar a irritação e reações alérgicas em algumas pessoas.
- Ácido Azelaico: Com propriedades anti-inflamatórias e antibacterianas, é eficaz no tratamento de acne e rosácea. No entanto, seu uso incorreto pode causar irritação, ardência e descamação.
- Ácido tricloroacético (ATA): é usado para o tratamento de rugas e cicatrizes.
- Ácido salicílico e ácido glicólico: melhora o aspecto da pele, reduz as rugas finas e manchas. Também contribui para a melhora da acne.
- Ácido retinóico: frequentemente usado em creme no tratamento caseiro do envelhecimento da pele. Quando usado em peeling contribui para o tratamento da acne, melasma e envelhecimento cutâneo.
- Ácido hialurônico: é uma substância usada para realizar o preenchimento cutâneo e corrigir rugas, cicatrizes e sulcos. É aplicada diretamente na região a ser tratada por meio de uma injeção. O objetivo é repor o volume e melhorar o contorno da face.
Como funcionam os ácidos na pele?
“Os ácidos na pele funcionam de diversas maneiras, dependendo do tipo e da concentração. A grande maioria dos ácidos provoca uma regeneração da pele, fazendo isso ao agredi-la para que ela se renove”, diz a dermatologista Ligia Novais na entrevista para a Revista Vogue.
“É muito perigoso usar os ácidos sem as informações e orientações corretas. Isso porque cada pessoa tem níveis diferentes de sensibilidade. Alguns desses produtos não são indicados para gestantes ou lactantes, por exemplo, e, frequentemente, devem ser aplicados apenas à noite para evitar exposição ao sol”, alerta a dermatologista Ligia Novais. A médica explica porque é fundamental usar esses produtos conforme as instruções e buscar a orientação de um profissional, especialmente ao incorporar ácidos mais potentes na rotina de skincare.
“Os alfa-hidroxiácidos (AHAs), como o ácido glicólico e o ácido lático, promovem a esfoliação, ajudando a remover células mortas e melhorando a textura. O ácido hialurônico, um umectante, atrai e retém a umidade, mantendo a pele hidratada. Já o ácido salicílico, um beta-hidroxiácidos (BHA), penetra nos poros para desobstruí-los e controlar a produção de sebo, sendo especialmente benéfico para peles acneicas”.
“Outros ácidos, como o ácido Kójico e o ácido ascórbico, ajudam a reduzir manchas e uniformizar o tom da pele, enquanto o ácido retinóico estimula a produção de colágeno, melhorando a firmeza e a elasticidade”.
“Os ácidos não são vilões do skincare e muitas vezes são necessários para o tratamento de diferentes condições de pele, mas o seu uso indiscriminado e sem acompanhamento pode ser altamente nocivo à pele”, alerta a médica.
Ácidos no rosto: quais são os riscos e indicações?
Em outro artigo, publicado no site do Dr. Drauzio Varela, também nos alerta para os riscos de usar os ácidos no rosto através de procedimentos como os peelings químicos.
“Alguns produtos podem ser usados para promover o rejuvenescimento facial e o clareamento da pele, mas existem riscos no uso de ácidos no rosto. O sonho de ter uma pele rejuvenescida, livre de rugas ou marcas de expressão pode levar à procura de tratamentos estéticos, como por exemplo os peelings químicos, que podem ser arriscados para a saúde se não forem realizados por um especialista”.
“Os benefícios são de uso a longo prazo. Ocorre uma intervenção na pele, muda-se a textura e a pigmentação. No entanto, essas substâncias só devem ser aplicadas ou indicadas por um dermatologista. Isso evita o uso inadequado, o erro de concentração e efeitos colaterais indesejados”, destaca Elisete Crocco, chefe do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)”.
“Vale lembrar que a cada dia surgem novas técnicas de skincare que prometem o rejuvenescimento da pele ou clareamento de manchas. Mas é importante se atentar aos riscos e objetivos do tratamento indicado e avaliar a necessidade de começar o procedimento”.
O preenchimento facial, por exemplo, é um procedimento que tem se expandido rapidamente através da mídia social, mas deve-se ter cuidado na seleção do melhor profissional para sua aplicação.
Riscos dos ácidos para a pele e saúde
O uso inadequado e sem acompanhamento médico oferece diversos riscos à saúde e podem provocar sequelas na pele. Entre elas, estão:
- Irritação na pele: surgem sinais como vermelhidão, descamação, coceira e sensação de queimação;
- Sensibilidade ao sol;
- Descamação excessiva;
- Reações alérgicas;
- Interações medicamentosas ou com outros produtos, o que aumenta a irritação.
“Para evitar prolongar os efeitos colaterais é fundamental usar protetor solar nos dias seguintes após a realização do procedimento, a cada quatro horas no mínimo. A pele fica desprotegida e não deve ser exposta ao sol para não comprometer o tratamento e deixar a região ainda mais irritada”, afirma Caroline Semerdjian, dermatologista do Hospital Nove de Julho (SP).
“É importante também que os ácidos sejam introduzidos de uma forma gradual, ou seja, que o tratamento se inicie com concentrações mais baixas que aumentem aos poucos, para evitar irritações. Além disso, a indicação é manter a pele bem hidratada e evitar o ressecamento, que costuma ocorrer em alguns procedimentos”.
Quem não deve usar ácidos no rosto
- Gestantes ou lactantes. Devem evitar o uso de ácidos na pele. Não há pesquisas que garantam a sua segurança tanto para a mãe quanto para o feto.
- Não aplicar quando houver feridas abertas ou cortes na pele
- Pele extremamente sensível: mais propensas a irritações. Nesses casos, é preciso realizar o tratamento com concentrações mais baixas de ácidos e monitorar as reações adversas.
- Pessoas que apresentem eczema, psoríase ou rosácea precisam ser cautelosas ao usar ácidos, pois esses problemas de saúde podem ser agravados.
- Alérgicos a produtos para pele ou ácidos específicos.
- Crianças e pré-adolescentes: não são recomendados para esse público pois a pele é mais delicada e propensa a irritações.
Se quiser saber mais sobre preenchimento facial com o uso de ácidos assista a entrevista da Dra. Raquel Machado para a Estilo 5.0+.
Os benefícios e cuidados do preenchimento facial com Raquel Machado | Estilo 5.0+
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Estilo 5.0+
Fontes:
https://drauziovarella.uol.com.br/dermatologia/acidos-no-rosto-quais-sao-os-riscos-e-indicacoes/