A doença de Alzheimer acomete duas vezes mais mulheres do que homens – um fenômeno que a medicina ainda não sabe ao certo explicar.
Matéria recente publicada na Revista Claudia traz esse assunto à tona.
À medida que envelhecemos, é natural nos preocuparmos com nossa saúde e bem-estar.
Especialmente para as mulheres maduras, a questão do Alzheimer muitas vezes surge como uma preocupação significativa.
Estudos mostram que as mulheres têm realmente uma maior prevalência de Alzheimer em comparação com os homens, e entender porque isso acontece pode ajudar a orientar estratégias de prevenção e cuidado.
Alguns fatores que contribuem para essa disparidade de gênero do Alzheimer
- Em primeiro lugar, a expectativa de vida das mulheres é geralmente mais longa, o que significa que estão mais suscetíveis aos efeitos do envelhecimento, como é o caso do Alzheimer. Após os 65 anos de idade, segundo a Dra. Jerusa Smid, Neurologista do Einstein, as pessoas têm mais chance de contrair a doença.
- Além disso, as mulheres passam por mudanças hormonais significativas ao longo da vida, como a menopausa, que podem influenciar a saúde cerebral.
- A genética também pode desempenhar um papel na doença, mas a Dra. Jerusa Smid afirma que somente cerca de 1% a 3% dos casos de Alzheimer são causados por herança genética.
Outro aspecto a considerar é o impacto do estresse crônico e da saúde mental na saúde cerebral.
As mulheres muitas vezes enfrentam múltiplas demandas, como cuidar da família, da carreira e de outros compromissos, o que pode levar a altos níveis de estresse.
O estresse crônico tem sido associado a um maior risco de desenvolver Alzheimer, destacando a importância do autocuidado e da busca de apoio emocional e médico.
Importante destacar que a maior parte dos cuidadores de pessoas que têm Alzheimer são justamente mulheres. “Elas não são apenas a maioria das pacientes, são a maioria dos cuidadores. E entre cuidadoras, cerca de dois terços desenvolvem algum transtorno de saúde mental por causa da sobrecarga de trabalho e o estresse”, afirmou o Dr Schultz. E quem vai cuidar delas?
Pontos de atenção e cuidados do Alzheimer
Começamos nos esquecendo do nome de uma amiga querida, depois não nos lembramos onde deixamos tal coisa, ou o que fomos fazer no supermercado. E aí voltamos a repetir as mesmas histórias para os amigos e contados da mesma forma.
Fazer confusão com nomes, datas e atividades é inevitável, acontece com todo mundo. Mas apresentar esses sintomas repetidamente, de forma que atrapalhe a independência na rotina, pode ser um sinal de alerta para a saúde mental.
A perda da memória costuma ser o sintoma inicial ou o mais perceptível do Alzheimer, que normalmente faz com que a pessoa procure ajuda médica, mas existem sintomas atípicos que merecem atenção como dificuldades visuais e de linguagem que podem caracterizar a doença, explica a Dra. Jerusa Smid.
Outro ponto importante é a construção de reserva cognitiva, quanto maior a reserva cognitiva, mais o cérebro suportaria as lesões causadas pelo Alzheimer e uma das maneiras mais importantes de criarmos reserva cognitiva é estudando.
Muitas mulheres acabam em ocupações que não exigem qualificação e são menos desafiadoras como a de dona de casa, por exemplo, atividade cognitivamente pouco estimulante, segundo a médica geriatra Claudia Suemoto em entrevista para a revista.
A boa notícia é que a Dra. Jerusa Smid explica que é possível diagnosticar a doença de Alzheimer de forma precoce através de testes em consultórios e rastreios utilizando exames de sangue, imagem e, se necessário, outros mais sofisticados. Hoje existem medicamentos que podem tratar os sintomas da doença. Tanto para os sintomas cognitivos com o objetivo de retardar a evolução da doença, como para os sintomas comportamentais que normalmente aparecem associados a doença como por exemplo depressão, ansiedade e apatia.
12 fatores protetores da doença de Alzheimer:
- Praticar atividades físicas
- Ter uma alimentação saudável
- Conviver com amigos e familiares
- Estudar
- Tratar a depressão
- Cuidar da saúde auditiva
- Ficar em ambientes silenciosos
- Não fumar
- Cortar o álcool
- Controlar a pressão arterial
- Controlar o diabetes
- Perder peso
É importante manter a mente ativa e engajada. Desafiar o cérebro com atividades cognitivamente estimulantes, como estudar e aprender novas atividades que podem ajudar a fortalecer as conexões neurais e reduzir o risco de declínio cognitivo.
Promova a saúde cerebral e o bem-estar. Priorize o autocuidado, mantenha um estilo de vida saudável e busque apoio emocional e médico sempre que necessário.
São passos importantes na jornada do envelhecimento saudável.
Pesquisamos um vídeo com mitos e verdades sobre o Alzheimer. Confira:
Mito ou verdade: Doença de Alzheimer faz parte do envelhecimento? | Educação em Saúde Einstein – 4:25
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Fontes:
https://claudia.abril.com.br/saude/alzheimer-afeta-mais-mulheres-que-homens-entenda