Herpes Zoster é conhecida também pelo nome de cobreiro.
Segundo o Ministério da Saúde (*), Herpes Zoster é uma doença que aparece na pele, causada pelo Vírus Varicela-Zoster (VVZ), o mesmo que provoca a catapora.
Depois de transmitir a catapora, esse vírus permanece “adormecido” no organismo durante toda a vida da pessoa, podendo ser reativado na idade adulta ou em pessoas com baixas defesas no organismo, como as que têm doenças crônicas como hipertensão, diabetes, câncer, Aids, pacientes que fizeram transplante e outras.
Para saber mais sobre esse tema importante e doloroso, Cintia Yamamoto, fundadora da Estilo 5.0+ convidou o médico geriatra, Dr. Venceslau Coelho para um bate papo e nos esclarecer sobre essa doença que pode causar muitas dores.
O Dr. Venceslau Coelho é formado em Geriatria pela Universidade de São Paulo e Clínica médica pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná, especialista em Geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, médico colaborador do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e integra o Núcleo Avançado de Geriatria do Hospital Sírio-libanês.
Transcrevemos partes de sua entrevista para a Estilo 5.0+. Veja a seguir:
Entendendo o que é Herpes Zoster
Dr. Venceslau nos explica que o Herpes Zoster é uma doença causada pela varicela zoster. Ela também é conhecida como cobreiro porque atinge o nervo e descreve um trajeto na pele com as lesões dolorosas. Ela pode surgir em qualquer parte do corpo.
Segundo o médico, “a família do vírus herpes tem mais de 100 subgrupos. A pessoa pode ter herpes em vários lugares do corpo, mas no caso do Herpes Zoster, o vírus se refere a varicela zoster, a catapora, que a pessoa teve em algum momento da infância e que ficou incubado por anos e por alguma razão é ativado quando acontece uma queda na imunidade”.
O Dr. Venceslau nos alerta sobre as mulheres 50+ que têm um risco maior de contrair o Herpes Zoster. “Há um estudo que confirma que 40% das pessoas com mais de 50 anos têm risco de contrair o Herpes Zoster, sendo a reativação relacionada a baixa da imunidade”.
Além do Dr. Venceslau, a Estilo 5.0+ entrevistou pessoas que tiveram o problema:
Ivete Eiras – 75 anos. Herpes Zoster genital. Teve muita dor, queimação e desconforto o tempo todo. Descobriu que era Herpes Zoster pelo diagnóstico médico. O tratamento prescrito foi medicação antiviral e compressas frias para melhorar a ardência no local. O quadro permaneceu durante 20 dias, até a cicatrização. E após a cura, surgiu um abscesso no local, com secreção e bastante dolorido. Ainda aguarda por uma cirurgia.
Edna Martins: 74 anos. Herpes no braço esquerdo. No início, havia muita coceira e a pele ficou grossa. Dor intensa e feridas, tipo catapora. Medicação contínua, injeções e até morfina para aliviar a dor. O quadro doloroso permaneceu por um mês e meio. Além do braço esquerdo, se espalhou pelos dedos até atrás da orelha no coro cabeludo. A dor era contínua: dia e noite.
Carlos Vassimon – 75 anos – Paciente debilitado após sessões de quimioterapia em função do tratamento de câncer. Baixa imunidade. O herpes surgiu no retorno para casa. A esposa percebeu a erupção na pele e o levou rapidamente à dermatologista que confirmou o diagnóstico e prescreveu o tratamento. Foi sofrido e extenuante, mas conseguiu se recuperar.
Esses quadros confirmam os sintomas mencionados pelo Dr. Venceslau para identificar o Herpes Zoster: antes de aparecerem as lesões de pele, pode haver um desconforto, uma coceira leve, uma queimação, uma sensação de pontada e aí já começam a aparecer as vesículas, que muitas vezes as pessoas acham que é uma alergia.
Pode ocorrer uma complicação do Herpes Zoster, que é uma neuralgia pós-herpética (NPH). A doença se resolveu, a herpes não está mais na pele, mas a dor continua. Tem pessoas que ficam com essa dor por anos. A neuralgia pós-herpética acontece em 30% dos casos.
Como tratar e prevenir o Herpes Zoster?
Dr. Venceslau explica que o tratamento das lesões causadas pelo Herpes Zoster é feito essencialmente com medicamento para dor e antiviral.
Em alguns casos, pode acontecer uma infecção sobreposta ao herpes. Há a lesão do herpes que aparecem as bolhas, depois faz as crostas e aquela crosta pode infectar.
A melhor prevenção fica por conta da vacina, reforça o Dr. Venceslau. É a melhor maneira de prevenir o Herpes Zoster. A pessoa uma vez vacinada pode evitar a doença, mas se ainda assim pegar o Herpes Zoster, o tempo de doença é menor e as complicações também são menos prováveis do que sem vacina.
A vacina é aplicada em 2 doses: a segunda dose 30 dias após a primeira.
Pesquisamos alguns locais e preços para sua informação:
Laboratório Fleury- vacina contra Herpes Zoster – (Shingrix)
Valor: R$ 868,80 (1 dose) – preço coletado no site em dezembro/2024
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Hermes Pardinini- vacina contra Herpes Zoster (Shingrix)
Valor: R$1.638,00 (preço por pacote) 2 doses. Preço coletado no site em dezembro/2024.
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Droga Raia e Drogasil – Vacina contra Herpes Zoster (Shingrix)
Valor: R$ 852,76 – por dose (preço obtido no site em dezembro/2024)
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Preço válido para SP. Demais estados consultar na farmácia. Sujeito a confirmação dos estoques na farmácia.
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https://www.drogaraia.com.br/agendamento/servicos
ou https://www.drogasil.com.br/agendamento/servicos
Drogaria São Paulo – Vacina contra Herpes Zoster (Shingrix)
Valor: R$ 906,18* Aplicação inclusa. 2 doses. Valor coletado no site em dezembro/2024
Parcele sua compra em até 10x s/ juros.
Importante: segundo o Dr. Venceslau, a pessoa que já teve herpes zoster deve aguardar por um período de pelo menos 6 meses para vacinação.
Caso a pessoa não saiba se teve ou não ou Herpes Zoster, ela pode fazer uma sorologia para saber. Mas a recomendação é que se tome a vacina.
A vacina contra herpes zoster ainda não é fornecida pelo SUS.
Vacina contra herpes-zoster pode reduzir risco de demência, diz estudo
Segundo estudo realizado na Universidade de Oxford e publicado na revista científica Nature Medicine, a vacina contra o herpes zoster – a Shingrix, não só protege contra o herpes zoster, mas também traz benefícios para a saúde mental dos idosos na prevenção da demência.
Isso acontece porque, ao proteger contra a reativação do patógeno no organismo, o imunizante pode estar indiretamente combatendo um dos fatores de risco da demência.
Os cientistas britânicos explicam que a vacina contra o zoster age como se estivesse colocando uma barreira no caminho da demência, fazendo com que sua chegada demore a mais a ocorrer.
Os cientistas analisaram prontuários de mais de 200 mil pessoas e perceberam que, após a vacinação com Shingrix, os idosos tinham um risco 17% menor de serem diagnosticados com a doença.
Esta proteção foi observada em ambos os sexos, mas foi maior em mulheres. Entre as mulheres que tomaram a vacina Shingrix, o tempo sem um diagnóstico de demência foi 22% maior, comparado a 13% entre os homens vacinados.
Os pesquisadores não sabem explicar porque isso ocorre. O interessante é que estudos imunológicos devem ser feitos separadamente, por sexo, porque a resposta pode ser diferente.
Agora as mulheres maduras têm mais uma razão importante para se vacinarem contra herpes zoster: prevenir o vírus e a demência.
Se quiser assistir a entrevista integral com a Estilo 5.0+ e o Geriatra Dr. Venceslau Coelho, acesse o canal do YouTube da Estilo 5.0+:
Para mais informações sobre a vacina, acesse: https://www.herpeszosterbr.com.br/
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Time Estilo 5.0+
https://www.sbgg-sp.com.br/herpes-zoster-afeta-qualidade-de-vida-dos-idosos-e-pode-matar/
