Sylvia Rodrigues, energia, gentileza e a paixão pelo poder dos chás!

sylvia rodrigues - alquimista da alma

Sylvia Rodrigues, 72 anos, idealizadora do Salão de Chá Teakettle, um lugar harmonioso, aconchegante, com uma linda lareira e um piano melodioso.

Ambiente romântico e acolhedor. Muito mais do que um salão de chá onde são servidas mais de 100 combinações de chás, originários de diversas partes do mundo, o Teakettle é uma experiência, uma alquimia da alma.

Sylvia é a entrevistada da Fundadora da Estilo 5.0+, Cintia Yamamoto, e vai inspirar e aquecer nossos corações com toda a sua experiência de vida!!

Sylvia é formada em Biologia, Agricultura biodinâmica e em Farmácia homeopata antroposófica. Trabalhou na Weleda por 15 anos e desde 2007 é proprietária da Casa de Chá Teakettle.

Estudiosa de aromaterapia, fitoterapia, florais do Amazonas e das diversas culturas de chá, com especialização em chás na França (L’École du Thé)

Ministra cursos para empresas e também estuda alquimia.

Membro da IWG – Integral Woman Global, uma associação de mulheres empreendedoras preocupadas com a biodiversidade e valores femininos de igualdade e inclusão.

Casada, mãe de três filhos e avó de um neto

Agora se dedicando a escrever um livro: “Você já teve uma colher de chá?

Uma curiosidade é que ela tem uma biblioteca bem completa de livros em francês.

A origem da paixão pelos livros franceses

Sylvia nasceu em casa, na mão de uma senhora francesa. Naquela época muitas pessoas nasciam em casa. Essa tia francesa falava muito da França para ela. O tempo todo. Na rua tal acontece isso, naquela acontece aquilo. E, depois de muitos anos, quando Sylvia foi conhecer a França, reconhecia os locais de tanto que a tia contava. E também sabia falar um pouquinho de francês.

Para estudar francês ela precisava ter algo para poder estudar. E para estudar o chá também. Então era o chá e o francês e o francês e o chá.

Sylvia explica que uma livraria francesa é muito rica em informações. Tudo aquilo que você queria saber do mundo naquela época você encontraria numa livraria francesa. Ela trabalhou durante 10 anos numa livraria francesa, onde gastava praticamente tudo o que ganhava comprando livros sobre agricultura e sobre chás.

E assim foi formando sua biblioteca particular. Ela ressalta que além do aprendizado através dos livros que teve oportunidade de adquirir, aprendeu muito com as pessoas e clientes que frequentavam a livraria.

Além disso, despertou o interesse por uma das suas formações: Farmácia. E também o interesse em estudar Antroposofia e o chá, na França.  Aí já tinha uma boa bagagem de livros.

Biologia, Agricultura Biodinâmica, Farmácia e o Chá!

Sylvia comenta que o interesse por Farmácia foi despertado por um senhor, cliente da livraria, que queria que a filha estudasse engenharia de alimentos e pedia os livros da França. E ela perguntava: Mas o que é isso?

Ela já tinha interesse em plantar algumas ervas para fazer chá, mas não o típico chá que a gente toma hoje. Sylvia aproveitava para ler esses livros e saber o que continham de agricultura.  E foi se interessando pela Agricultura Biodinâmica e também fez o curso. Estudou um pouco de Steiner (Rudolf Steiner), fundador da Antroposofia, se apaixonou e foi estudar Farmácia e depois, trabalhar na Farmácia Weleda.

Um conhecimento foi levando a outro e trazendo forças para outros interesses. Sylvia diz que por isso quer terminar o seu livro e mostrar que sempre teve várias “colheres de chá”. Na nossa opinião, tudo que ela realizou foi uma questão de interesse, otimismo e obstinação!

Vamos entender!

Sylvia esclarece que foi estudar biologia para poder estudar as plantas e resolveu que queria saber como plantar sem agrotóxicos. E foi trabalhando na livraria que descobriu a agricultura biodinâmica. Foi para Botucatu fazer um curso. Levou uma das filhas com ela e o resto da família ficou com o marido. Aliás, durante todo o bate papo, Sylvia sempre agradece o suporte da família para todos os cursos que ela resolvia fazer.

Há muitos anos atrás a agricultura biodinâmica era considerada um tabu. Agora as pessoas estão muito mais conscientes e cuidadosas com a vida. A agricultura está mais fácil de ser trabalhada do que no tempo em que ela estudou, reforça Sylvia.

Estudando agricultura, ela se encantou com a palestra de um professor que falava dos medicamentos da Antroposofia. E foi quando decidiu estudar a Farmácia Antroposófica.

E quando saiu da Farmácia, resolveu que iria fazer Chá. Mas queria estudar o verdadeiro Chá, aquele que vem da camélia. E o local mais próximo era na França. Então aquela aula que ela aprendeu, que estudou francês, a ajudou muito na sua ida para a França estudar chás.

Obstinação, otimismo e superação – características admiráveis!  

Sylvia foi fazer o curso de Farmácia com 40 e poucos anos e já tinha cabelos brancos. Ficou preocupada em como enfrentar a escola com toda essa idade, mas ficava insistentemente no telefone da escola questionando para a pessoa do RH da Weleda se ia ser contratada porque queria trabalhar lá. E ele dizia para ela: ok; mas primeiro termina a escola.

E finalmente ele a chamou. Trabalhou um ano como estagiária e logo em seguida foi admitida na Weleda.

A Sylvia se considera muito otimista e Poliana. Sempre acha que as coisas vão dar certo. Ela acredita que quando você intui o que você quer fazer, você consegue, mesmo que seja difícil.

Na Weleda ela foi aceita, gostou muito, trabalhou muito e viu que a medicina antroposófica cuidava mesmo do corpo.

Outros exemplos destas características de obstinação, otimismo, superação e muita gentileza!

Sylvia relata que quando começa o dia, nunca sabe como aquele dia será. E que terá muitas coisas a resolver.

Ela conta sobre um evento. Ela chega na Teakettle, a casa estava escura, vazia e o tempo estava frio.  Já eram 11hs da manhã e o Brasil ainda está passando por alguns problemas porque a pandemia ainda está por aqui; está rondando a nossa terra. As casas não estão cheias; estão voltando agora.

Quando chegou no Teakettle naquela manhã, três pessoas estavam tomando café e bem quietos.  Estava frio e escuro. Sylvia adora lareira.   E tem uma grande lareira na sala do Teakettle. Perguntou para as pessoas se poderia acender a lareira. Eles concordaram. No que ela acendeu a lareira, o rapaz lhe perguntou se poderia tocar o piano. E quando ele sentou no piano, com a lareira acesa, chegaram mais algumas pessoas. Entraram duas moças, uma delas era coreana, que tinha acabado de chegar da Coreia. Em meia hora mudou totalmente o ambiente da loja. Só porque ela acendeu a lareira. Poderia ter passado direto, ido trabalhar e deixado assim. Mas queria acender a lareira. E aí mudou tudo. A senhora coreana cantou em coreano e tocou piano. E começou a entrar gente na loja e aí mudou tudo. Como mágica!

Isso é o que a faz se perguntar todos os dias: “você vai parar por causa da pandemia? Por causa de todos os problemas que se passam o tempo todo? Não. Vamos ver o que podemos fazer de melhor e mudar um lugar que poderia estar quieto, sossegado e vazio para um lugar gostoso”.

De tudo o que passaram no Teakettle durante 17 anos, tiveram muitas coisas boas e festas ótimas. E ela sempre pensa: “hoje eu ganhei um presente”. A lareira, o piano, a amiga. Todos fizeram algo muito bonito.

Outras coisas bonitas aconteceram naquele lugar de encantamento.  Ganhou uma edição no programa Decora, da GNT. Sem querer, só de emprestar a loja. Aí o Marcelo Rosenbaum veio e ela ganhou o laboratório. Numa época em que estavam muito apertados. Tudo muito difícil. A sua filha estava doente. O Decora permitiu uma exposição na mídia muito importante. E com isso, reviu amigos queridos que não via há mais de 40 anos.  Colegas de escola, sobrinhos que moravam longe e que não sabiam mais aonde ela estava.

Sylvia contempla: “todo esse movimento tem sempre alguma coisa boa por dia. Mesmo que tenha que passar por um desafio, o próprio desafio te traz alguma coisa boa. O desafio é o mestre. Lá no final você terá certeza que terá uma coisa boa”.

Outro exemplo é trabalhar com as mulheres da IWG – Integral Woman Global Women. Trabalho de inclusão, sustentabilidade e educação.

Certa vez a Teakettle recebeu um grupo de crianças de São Carlos. A professora os assistiu no programa do Decora. Então montou um trabalho com as crianças sobre plantas medicinais. As crianças fizeram sabão para juntar dinheiro e alugaram um ônibus para passarem um dia no laboratório da Sylvia, no Teakettle. Eles vieram aprender a estudar as plantas e cada um fez uma monografia.  Eram estudantes de escola estadual que a Sylvia jamais conheceria se não fosse aquela oportunidade. E as crianças fizeram um trabalho maravilhoso, com direito a nota e herbários que a presentearam.

E quando perguntam para a Sylvia: “ Você tem uma casa de chá? Tenho. Mas o que aquilo reverberou? “. Na mesma ocasião, pediu para um amigo psicólogo trabalhar com as crianças e ajuda-las em suas dificuldades. E passaram um dia maravilhoso na loja.  Foi muito bonito. E gratificante.

E quando alguém pergunta: “E o que que você faz no salão de chá? ”  Já tiveram muitas coisas especiais por lá. Já deram aula, já estudaram, já receberam crianças de escola pública. Não é só ter o chá. Tem muito mais coisa além disso”.

O mais gostoso do chá: é uma hora em que as pessoas se dedicam a elas. Conversar com amigos. O que é tomar um chá? O que é o chá? O chá é isso. Uma confraternização.

O que é o poder? O poder é a alegria. Você estar alegre e fazer alguma coisa bem.

Está comprovado que felicidade e alegria dão longevidade para as pessoas.

Membro da IWG – Integral Woman Global

Sylvia relata a experiência de como se tornou membro da IWG. Uma amiga, farmacêutica e cliente assídua do Teakettle, a convidou para participar de uma live com a IWG sobre sustentabilidade e inclusão. E ela participou.

Fizeram um questionário com 17 itens para avaliação antes de aprová-la como membro e para se certificar de que a atividade da Teakettle era sustentável.  Sylvia não achava que seria aprovada. E por fim, ganhou o selo da IWG.

Sylvia mencionou que quando alguém pergunta: você trabalha com sustentabilidade? Você não sabe a resposta. Porque há muitas coisas que você já faz, mas que não se dá conta.

“Há muito o que melhorar ainda, ela comenta. Uma delas é que em geral as empresas compram chá que utilizam mão de obra escrava, especialmente fora do Brasil.

A Teakettle compra chá de empresas especialmente de regiões brasileiras. Mas compra de fora também. No passado, o chá em geral era cultivado por mulheres escravas.

Sylvia pesquisou fornecedores de chá, da Índia, por exemplo, onde as mulheres plantam o chá e ficam com o dinheiro para elas; é um negócio delas. E aí deixa de ter um trabalho escravo na cadeia do seu produto. Ter mais mulheres na empresa é um outro critério de sustentabilidade. Na Teakettle só têm mulheres e somente um funcionário homem e ele sofre com elas, ela ri. E assim vai ganhando pontos.

Quando ela compra o chá, precisa ter certeza de que não há um trabalho escravo envolvido. Isso é muito sério. Ela compra de Kangra, uma região da Índia onde as mulheres já tomam conta da própria fazenda. Aos poucos a gente vai se aprendendo.

Originalmente, o chá era uma moeda. Era trocado por seda, por ouro, por drogas. Se você tem no meio do negócio droga e dinheiro, há muitas coisas erradas.

Por ser o chazal todo baixinho, são as mulheres que colhem as folhas do chá. E fazem o beneficiamento. No passado, elas recolhiam o dinheiro da venda, entregavam para o senhor e ele ficava com o dinheiro. E foi assim durante séculos. Mas hoje são as mulheres que colhem e têm o direito de ter a propriedade e o dinheiro.

O Livro: Você já teve uma colher de chá?

Sylvia explica que na época do Decora, recebeu uma senhorinha muito querida e a filha, publicitária. E a senhorinha comentou: “agora você já tem filho, já plantou árvore e agora vamos fazer um livro”.

Então a Sylvia brincou com ela e falou “mais uma colher de chá para mim” Vamos fazer um livro. Ela decidiu começar a conversar com seus amigos e perguntar se eles já tiveram uma colher de chá na vida. E começou a ouvir histórias lindas. Cada um foi contando uma história da vida. Ela conta a primeira história: quando ela era professora, a filha, pequena, queria um colinho. E ficava puxando a saia dela. Mas ela tinha que cuidar da casa, fazer o jantar. Mas um dia olhou para a filha e disse: “está bem: vou lhe dar uma colher de chá. E pegou a filha no colo e fez a menininha dormir”. E a partir daquele dia a menina sempre perguntava: você vai me dar uma colher de chá?

Outra história: Por conta das plantas, conta Sylvia, uma vez precisava achar uma espécie para uma criança que estava doente. De repente apareceu um amigo e lhe disse “te trouxe um presente”. Quando olhou, era justamente a planta que estava buscando para aquela criança. Uma colher de chá.

Vai reunir estas e muitas outras histórias que aconteceram durante os 17 anos no livro que está escrevendo: “ Você já teve uma colher de chá?”

E quando a sua filha maior estava doente, Sylvia usou todos os vidrinhos de remédios que a filha tomou em vidrinhos para acondicionar os chás.  Transformar dor em amor, diz ela.

Sugestões da Sylvia para as mulheres 50+ para realizar e aprender

Sylvia sugere:

  • Não tenha vergonha
  • Comece com aquilo que você tem
  • Se você acha que aquilo te faz bem, vai te dar prazer em fazer, faça!
  • Comece pelo bom, não precisa ser ótimo
  • Fazer para você se sentir bem. E com isso, você vai fazer os outros também se sentirem bem.

Sylvia começou recentemente num curso de dança. No início se sentiu ridícula, mas adorou a experiência.

“Na minha idade não é que a vergonha diminuiu. Mas a gente tem muita força para dizer: vou fazer para mim. E não para o outro. E tem que ser muito gostoso. Então vou fazer o melhor, não vou esquecer de mim, porque sempre foi primeiro o marido e depois os filhos e a gente vai se esquecendo pelo caminho. E se fizer bem para você, também será bom para os outros”, reflete Sylvia.

Você vai se arrumar? Arrume-se para você. Antes você perguntava para o outro: gostou? Agora é o momento de perguntar se você gostou; pergunte para você, complementa Sylvia.

Contato da Teakettle – https://teakettle.com.br

Rua Alexandre Dumas, 1049 – Chácara Santo Antônio, São Paulo – SP, 04717-002 – (11) 5523-9615

Assista a entrevista com Sylvia Rodrigues na íntegra.

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Time Estilo 5.0+

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