Cirurgia Bariátrica como escolha para emagrecimento de mulheres com mais de 50 anos

cirurgia bariatrica para mulheres com mais de 50 anos

Cirurgia bariátrica. Você já pensou em fazer?

A cirurgia bariátrica é um procedimento que pode ser indicado como tratamento para pessoas com obesidade. Mas como todo tratamento é importante entender antes de tomar uma decisão sobre esta alternativa.

Para saber mais sobre esse tema, a fundadora da Estilo 5.0+ convidou um especialista no assunto, o cirurgião Dr. Claudio Renato De Luca Filho para nos esclarecer.

Vamos conhecer o curriculum desse profissional conceituado.

O Dr. Claudio Renato é Cirurgião Bariátrico e do Aparelho Digestivo há 22 anos, realizando procedimentos por via Robótica ou Laparoscópica

Credenciado nos principais hospitais de São Paulo, como o Sírio Libanês, Albert Einstein e Oswaldo Cruz, Dr. Claudio Renato é formado pela PUC de São Paulo com extensão na Universidade Pitié Salpétriere de Paris e Mestrado em Gastroenterologia Cirúrgica na UNIFESP.

Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Membro da Sociedade Americana de Hérnia e da Sociedade Brasileira de Hérnia.

Para que serve a cirurgia bariátrica?

Dr. Claudio Renato explica que a cirurgia bariátrica é um dos tratamentos para a obesidade.

É uma das ferramentas que o médico pode propor para os seus pacientes no tratamento para redução da obesidade. Via de regra, segundo o Dr. Claudio, a cirurgia bariátrica é indicada para pacientes com índice de massa corpórea (IMC) acima de 35 para pessoas com algumas doenças associadas, ou acima de 40, para quem não tem nenhuma doença associada.

IMC: reconhecido como padrão internacional para avaliar o grau de sobrepeso e obesidade. É calculado dividindo o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em metros).

Então a cirurgia bariátrica pode ser uma boa ferramenta para tratar os pacientes com essas condições.

 A cirurgia bariátrica é recomendada para pessoas acima de 50 anos?

A obesidade hoje no mundo não escolhe muito, comenta Dr Claudio, ela atinge jovens, adultos, mais velhos, etnias diferentes, níveis sociais diferentes, apesar dos dados estatísticos demonstrarem que existe uma prevalência do sexo feminino e numa idade acima de 50 anos.

A princípio, qualquer pessoa acima de 50 anos pode fazer a cirurgia bariátrica. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, a idade limite para realizar a cirurgia bariátrica passa a ser 65 anos, mas há critérios para indicação de cirurgia em pessoas com mais idade.

Dr Claudio esclarece que as cirurgias bariátricas estão tão bem-conceituadas e pré estabelecidas que, para se ter uma idéia, têm implicações menores do que uma cesárea. Não há impeditivo para fazer cirurgia bariátrica em pessoas acima de 50ou 60 anos que esteja preparado clinicamente. Dependendo da situação pode-se optar por técnicas mais específicas. Dependendo dos exames pré-operatório pode-se indicar uma técnica ou outra.

A longevidade tem feito com que a gente estique um pouco essa idade para indicação cirúrgica.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, 70% dos pacientes submetidos a este tratamento são mulheres. Na experiência do Dr Claudio, o percentual é de 0% mulheres: 80% e para os homens, 20%.  Os homens estão ficando mais vaidosos, mas ainda o sexo feminino ganha; é predominante para esse tipo de tratamento. 

A importância do acompanhamento multidisciplinar no pré e pós operatório

Dr. Claudio explica que esse acompanhamento é fundamental para o sucesso do tratamento como um todo. O acompanhamento do cirurgião, da nutricionista que irá orientar o que o paciente vai comer nos primeiros dias, como serão seus hábitos alimentares e a mudança de estilo de vida.  Importante também acrescentar um educador físico e um psicólogo para acompanhar o paciente que eventualmente tinha compulsão por alguma coisa e passa a ter por outra, como bebida alcóolica, por exemplo, que vai mais fácil e aí o paciente deixa de ter uma alimentação saudável.

É muito importante ter um acompanhamento multifuncional, mas é mais difícil ter isso no pós-operatório porque antes da cirurgia, muitas vezes o paciente é obrigado a fazer uma série de exames exigidos pelos Planos de Saúde, mas depois depende muito da própria pessoa.

A cirurgia proporciona de 30 a 40% de redução no peso. O restante é mudança de hábito alimentar. E não é só o procedimento que vai funcionar para todos.

Normalmente a restrição na dieta dá um tempo para baixar o peso. A pessoa fica feliz, mas precisa fazer a mudança de hábitos e seguir com uma dieta restritiva.

É superimportante a médio prazo fazer a mudança de hábito. Não adianta querer comer 3 pratos de comida, beber um monte e não fazer exercícios. Isso tudo precisa ser mudado. Em alguns casos a pessoa pode até ganhar peso por falta de acompanhamento ou se não seguiu com a equipe multifuncional. É como fazer o tratamento de uma doença crônica.

Há pessoas que operam e têm 1000% de resultado e outras que se arrastam. Os desfechos não são sempre iguais. Mas para ter um desfecho adequado é superimportante ter o acompanhamento desses profissionais da equipe multifuncional.

A cirurgia bariátrica por robótica e por laparoscopia

No passado, as cirurgias bariátricas eram abertas, por corte. Com o passar do tempo esse processo evoluiu para a cirurgia bariátrica por laparoscopia, com pequenas incisões. O médico insufla um ar dentro do abdômen e acaba tendo um espaço para um trabalho lá dentro. O cirurgião trabalha com pinças fora do abdômen, com um monitor, fazendo a mesma cirurgia, mas com um acesso externo, detalha Dr. Claudio.

Isso tem um benefício muito grande, porque não há um corte muito grande, nem complicações da ferida operatória e o retorno do paciente às suas atividades é mais rápido.

A cirurgia bariátrica por robótica, também é um acesso minimamente invasivo como na laparoscópica com a utilização de braços estáveis de um robô. O médico fica sentado em frente a um console com uma visão 3D da área a ser operada, enquanto na técnica por laparoscopia a visão é 2D. Ambas são similares: corte pequeno, infundir o gás do mesmo jeito, mas na robótica você tem uma visualização melhor, mais segurança na movimentação das suas pinças. É um grau a mais para a robótica do que para a laparoscopia.

Existe um conforto a mais para o médico que está sentado num console, o médico se cansa menos. A robótica tem alguns facilitadores adicionais. Se houver algum tremor nas mãos do médico, a robótica neutraliza isso. E, portanto, proporciona uma longevidade maior para a sua carreira.

Hoje há uma indicação da cirurgia bariátrica para os super obesos, que têm um índice de massa corporal acima de 50 e tem feito muita cirurgia revisional. Na cirurgia revisional, o paciente havia feito a cirurgia com uma técnica e por algum motivo, teve algum tipo de complicação, seja clínica ou por ganho de peso na bariátrica e precisa de uma nova técnica. Para estas situações, a cirurgia robótica permite uma segurança maior.

Dr Claudio acredita que no futuro provavelmente só teremos a cirurgia robótica.

Uma pessoa que tenha feito uma cirurgia bariátrica aberta pode se submeter a essa outra técnica? Laparoscopia ou robótica?

Toda vez que é feita uma cirurgia aberta, o médico coloca a mão dentro do abdômen de uma pessoa, ele está com uma luva, mexe nos intestinos e isso pode gerar aderências. Todo mundo já deve ter ouvido falar em “nó nas tripas”. Nada mais é do que o intestino que eventualmente gruda por causa de uma incisão.  O organismo tenta se defender daquela agressão cirúrgica e às vezes o intestino gruda onde não deve grudar.

Dr. Claudio continua explicando que quando o médico vai operar alguém que já fez uma cirurgia anterior, ele precisa ter um cuidado maior. Ele coloca a câmera da laparoscopia e tenta desfazer essas aderências, se houver.

Um exemplo: a pessoa operou uma vesícula aberta, tinha um corte no abdômen do lado direito, e agora vai fazer uma de hérnia inguinal por vídeo, ou uma cirurgia bariátrica por vídeo. O médico faz uma punção direta, entra no abdômen e provavelmente encontrará uma aderência próxima ao corte da vesícula. Pode atrapalhar o pós-operatório, pode ser mais difícil, por isso nas cirurgias revisionais a melhor indicação é fazer a cirurgia robótica para uma melhor precisão.

Os benefícios da cirurgia bariátrica como alternativa de emagrecimento para as 50+

Segundo o Dr. Claudio, uma pessoa deve pensar no seguinte: com a cirurgia bariátrica irá perder cerca de 30% a 40% do seu peso. Existem trabalhos científicos que comprovam que há uma melhora de vida quando há uma redução de 10% do peso.

Na sua opinião, sempre existe um estigma contra a pessoa obesa e a obesidade deve ser tratada como uma doença crônica. Além da obesidade em si, o gordinho pode ter outras comorbidades, como hipertensão, diabetes, apneia do sono, dentre outras, tudo decorrente da obesidade.

Os tratamentos tradicionais que os endócrinos oferecem, via de regra, no a médio e longo prazo, as pessoas perdem 5% até 10% do peso quando for um excelente tratamento.

A cirurgia bariátrica melhora a obesidade e todos os outros problemas. Há um estudo científico recente que demonstra isso. Trabalhos populacionais fora do Brasil, na Suécia e Estados Unidos demonstram que há melhora clínica para esses pacientes, principalmente para pacientes com IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 35.

A melhora da autoestima então não dá para questionar, reforça o Dr Claudio. Ele não está operando porque quer ficar bonito. Isso é uma consequência. Ele tomava 7, 8 medicamentos por dia. E aí passa a tomar somente vitaminas. Sou fã da cirurgia. Mas a pessoa precisa escolher bem a equipe médica e multifuncional e isso é quase tão importante quanto a cirurgia.

Dr Claudio não vê nenhum problema se o paciente tiver mais de 50 anos, mas ele não deve ter nenhuma dúvida, deve esclarecer antes do procedimento.  E deve ponderar os prós e contras. Por exemplo: se quiser continuar comendo 3 pratos de feijoada, precisa saber que não vai conseguir após a cirurgia bariátrica.

Com o acesso à internet, muitas pessoas já chegam com o cardápio de opções para o médico. Se deve ser feita essa ou aquela técnica. E o médico deve mostrar para o paciente o ideal e orientar que a mudança de estilo de vida deve ser para sempre e que deve haver o acompanhamento futuro.

Contatos do Dr. Claudio Renato:  Site – www.crdeluca.com.br

Fones – 11 96860-0519 ou 11 3078-9806

Assista o bate papo integral da Fundadora da Estilo 5.0+, Cintia Yamamoto, com o Dr. Claudio Renato. Acesse:

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Time Estilo 5.0+

Cintia Yamamoto Ruggiero

Sou apaixonada pelo tema Longevidade, curiosa e inquieta! Quero participar ativamente da revolução da longevidade e colocar o aprendizado profissional de mais de 30 anos e a experiência nas áreas de Negócios e Marketing para trazer conteúdos, produtos e serviços para as Mulheres 50+, conectadas, curiosas e interessadas!

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