Bigode chinês: causas e tratamentos. Vamos saber mais?

Beleza - Tratamento bigode chinês

O bigode chinês, ou sulco nasogeniano, é aquela ruga que vai do nariz até o canto dos lábios. É um sinal de envelhecimento que deixa a aparência cansada e até entristecida e que preocupa a maioria das mulheres.

Para conversar com a gente sobre isso, a fundadora da Estilo 5.0+, Cintia Yamamoto, convidou a dermatologista, Dra. Raquel Machado para nos contar sobre os tratamentos dermatológicos para o bigode chinês que utiliza em seu consultório.

Perfil da Dra. Raquel MachadoDra. Raquel Machado

Dra. Raquel Machado, Dermatologista, Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, da Sociedade Internacional de Dermatologia, da Academia Internacional de Dermatologia Cosmiátrica, do Grupo Brasileiro de Melanoma, Proprietária da Clínica Raquel Machado de dermatologia e estética e idealizadora do projeto Instituto Raquel Machado que acolhe e cuida de animais silvestres vítimas do tráfico e maus tratos

 

O que é o bigode chinês? E como tratar?

Dra. Raquel responde que o famoso bigode chinês começa a se formar porque, com o passar dos anos, a gente vai perdendo colágeno e a estruturação do rosto.  E vai perdendo não só colágeno, mas também a gordura do rosto e a estrutura óssea. Com estas alterações, a pele também vai caindo e formando os sulcos na parte de cima e na parte

Quando você faz um tratamento para suavizar esse sulco numa pessoa mais jovem, continua a Dra. Raquel, a gente pode até fazer um preenchimento com ácido hialurônico, que suaviza essa linha do bigode chinês, mas é preciso entender que você não está tratando a solução do problema que é a perda da estruturação nessa região e sim, a consequência do problema.

“Mas se você não trata a sustentação da pele, não adianta ficar só colocando produto na região do bigode chinês porque depois, com o passar dos anos, a base do nariz vai ficando maior e pode deixar o rosto desequilibrado como vejo em muitas pessoas.”, comenta a Dra. Raquel.

Ela entende que a pessoa deve cuidar da sustentação da pele e recomenda: “Gosto de fazer com estímulo de colágeno que fica mais natural. E você pode fazer tanto com Ultraformer que é um ultrassom micro focado que melhora a flacidez de todo o rosto e pescoço. E a outra coisa que gosto muito é com o bioestimulador. Você injeta substâncias que não vão preencher, mas estimular o seu organismo a produzir colágeno.  E aí gosto muito de fazer uma técnica que coloco no rosto e subo até as têmporas para dar uma levantada na parte superior do rosto. O rosto dá uma afinada e ao mesmo tempo vai produzindo colágeno e você vai ficando cada vez com menos sulcos.”

Dra. Raquel compartilha que os tratamentos variam para cada tipo de pele e, dependendo da idade e do que a pessoa já fez ou deixou de fazer. Uma situação é uma pessoa jovem que já começou a ficar com essa linhazinha. Outra é uma pessoa mais velha, que nunca fez nada e está com os sulcos, uma pessoa acima de 50 anos, e que muitas nunca fizeram nenhum tratamento facial e a queixa é com bigode chinês.

“Então a gente até pode colocar um pouco de preenchimento para dar uma suavizada na expressão e a pessoa perceber rapidamente o resultado. Mas a gente tem que fazer essa estimulação de colágeno para subir a pele. E a pessoa ficar com o rosto mais natural. Então o jeito que eu gosto de fazer é através dos estímulos de colágeno.” conclui a Dra. Raquel.

Entendendo melhor os estimuladores de colágeno

A Dra. Raquel explica que o tipo de tratamento de estimuladores de colágeno depende da resposta do paciente. Tem pessoas que respondem mais com Ultraformer-ultrassom micro focado, e há pessoas que respondem mais aos bioestimuladores. No geral ela diz que gosta de fazer os dois porque um complementa o outro.

Num rosto mais pesado que a pessoa tem mais bochecha, ela esclarece que não coloca os bioestimuladores na bochecha, coloca na parte superior do rosto. A pessoa não vai ficar mais bochechuda. E o ultrassom vai afinar o rosto. Há várias ponteiras, as pessoas terão um resultado melhor porque a gente vai afinar um pouco o rosto e estimular colágeno. Já para pessoas com rosto mais fino, que estão precisando estimular ela diz que aplica no rosto inteiro. E não coloca o bioestimulador para diminuir gordura. Só aplica em pacientes mais bochechudas que têm mais volume e é possível afinar um pouco o rosto.

Dra. Raquel esclarece que precisa analisar caso a caso. “Não tem muita receita de bolo. É importante ver qual o melhor tratamento para cada caso” ela afirma.

Ela normalmente indica duas sessões de ultrassom e de bioestimulador por ano, mas vai depender da pessoa e do grau de flacidez. Se a pessoa já vem se cuidando há mais tempo, ao longo dos anos, o resultado vai ser melhor. E deve fazer a manutenção.

Enfim, para o bigode chinês, eu gosto do estimulo de colágeno associado ao preenchimento, mas menos preenchimento e mais estímulo de colágeno, recomenda a Dra. Raquel.

Apesar do Ultraformer e o bioestimulador estimularem a produção de colágeno, a forma com que eles estimulam o seu organismo na produção de colágeno é diferente.

Dra Raquel explica: “O ultrassom provoca micro furinhos embaixo da sua pele. E aí com esses micros furinhos, é como se fossem micro machucadinhos que eles vão estimular a produção de colágeno como se fosse para cicatrizar esses micros machucadinhos. Estimular uma micro cicatrização interna.

Agora, os bioestimuladores são diferentes. Ele vem em pó num frasquinho. Diluo em água destilada, vira um líquido e aí passo um pontinho de anestésico bem perto do cabelo. A pessoa fica anestesiada e aí venho com uma cânula debaixo da pele. Então evito pegar vasinhos e a pessoa não fica com hematoma. Para a pessoa mais sensível, faço mais pontinhos de anestésicos para ela não sentir dor nenhuma.

E aí aquele produto é injetado. A substância, o tamanho da molécula, o organismo não consegue absorver e age como se fosse um corpo estranho. Então o organismo começa a produzir colágeno para destruir aquele corpo estranho. Os macrofilos, as células de limpeza do nosso corpo não conseguem comer aquela partícula. Então o organismo vai produzindo colágeno ao redor, vai encapsulando, vai produzindo colágeno e a substância com o passar do tempo vai sendo absorvida.”

Dra. Raquel explica que geralmente o ultrassom é aplicado na parte inferior do rosto e no pescoço. E a produção de colágeno com o ácido polilático na parte superior do rosto.

A Dra. Raquel comenta que são essas as duas formas de tratamento que deixam a pessoa com o aspecto mais natural, sem aumentar volume, sem cara “pillow face”, rosto inchado.

Dra. Raquel esclarece outros pontos de curiosidade

  1. Cremes poderosos podem resolver o bigode chinês?

Os cremes para pele podem ajudar no clareamento, melhoram o viço, a textura, diminuem os poros, mas agora para flacidez, para perda de colágeno não há um creme milagroso que faça isso.  Há alguns ácidos que podem ser aplicados numa concentração alta e vai melhorar as linhas finas, mas não vai atuar na flacidez, no bigode chinês.

  1. Que fatores impactam no resultado do bioestimulador?

A Dra Raquel responde que a pessoa começa a ver os resultados na 3ª. semana após a aplicação do bioestimulador, mas alguns fatores podem impactar no resultado. Por exemplo, quanto mais idade a pessoa tiver, menos estimulação de colágeno ela terá, uma mulher de 80 anos não terá a mesma estimulação de colágeno que uma de 60 anos.

Outros fatores que podem influenciar na produção de colágeno: se a pessoa é fumante, por exemplo, está o tempo todo quebrando o colágeno. Se a pessoa toma sol em excesso, ou que bebe muito, são fatores prejudiciais.

E por incrível que pareça, uma pessoa que faz muita atividade física, também pode ser prejudicial. Uma maratonista, por exemplo, tem uma absorção de gordura maior. Quer queira quer não, a gordura do rosto dá uma sustentação. Você vê o corpo lindo da maratonista, mas o rosto mais envelhecido, desprovido de gordura.

“Se a pessoa é mais bochechuda, a gente tira um pouco da gordura, mas não tudo, porque a gente quer que tenha um pouco de gordura para ajudar na sustentação”, orienta a Dra. Raquel.

  1. Há situações em que somente esses tratamentos não são suficientes e a pessoa tenha que se submeter a uma cirurgia plástica?

A Dra. Raquel explica que depende do grau de expectativa do paciente. Ela sempre conversa com a paciente para saber qual é a ideia que ela tem do resultado final, sua expectativa. Se a pessoa fala: quero o meu rosto todo esticado. Então é cirurgia plástica, orienta a Dra. Raquel.

Mas se a paciente diz: cirurgia plástica não é para mim. Então a indicação pode ser aumentar o número de sessões e a pessoa terá que vir no consultório a cada 2 meses, por exemplo.

Varia muito de acordo com a expectativa da cliente e do investimento que ela quer fazer. Importante ter uma conversa inicial para saber isso porque há todo um custo envolvido. “Coloco tudo na mesa e o paciente vai decidir. Podemos fazer um planejamento anual e aí a pessoa tem uma ideia ao longo do ano e qual investimento que ela vai ter para o rosto e para o corpo. Há pacientes que gostam de investir mais no corpo do que no rosto. E outras, no rosto e nada no corpo.” explica

A Dra. Raquel finaliza com a sua recomendação. “Sempre acho que é importante a pessoa fazer o tratamento preventivo. E ir duas vezes por ano na dermatologista para avaliação. Assim, bem aos 50, 60, 70, 80 anos. “Outro dia atendi uma pessoa com 86 anos fazendo toxina (Botox). 86 anos que coisa boa. Fiz na minha madrinha até os 92 anos. Ela estava toda enrugadinha, mas aquela determinada ruguinha incomodava. Super importante a gente se cuidar em todos os sentidos. “ conclui a Dra. Raquel.

Se você ainda não viu o nosso Blogpost sobre Cuidados com as rugas no pescoço e papada, acesse: https://estilo5ponto0mais.com.br/blog/cuidados-com-as-rugas-no-pescoco-e-papada/

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Assista o bate papo integral da nossa Fundadora Cintia Yamamoto com a Dra. Raquel Machado acessando o canal do YouTube da Estilo 5.0+ (Marcel, aqui você precisa colocar o link do YOU #166 editado)

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