A história está repleta de relatos e biografias de sobreviventes das tragédias humanas, sejam elas de regimes totalitários e cruéis como o nazismo e o fascismo que deixaram marcas na civilização humana. É importante lembrar das tragédias da história para que não se repitam.
Segundo o filósofo George Santayana,
“aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”.
Em tempos conturbados os livros também costumam ser os nossos melhores amigos. Neles, muitas vezes, encontramos estudos mais aprofundados do que nas redes sociais. A verdade é transparente e pesquisada com afinco por escritores que dedicam sua vida a essa arte. E nos trazem elucidações preciosas dos momentos da história.
Destacamos dois livros de escritoras premiadas e heroínas que narram a sua trajetória de pesares e sobrevivência. Vale a pena conhecer!
A Bailarina de Auschwitz – Edith Eger
“Ninguém pode tirar o que você colocar em sua mente”.
Essa frase, Edith Eger ouviu de sua mãe exterminada na câmara de gás em Auschwitz e que a escritora carrega dentro de si.
Edith Eva Eger, nascida em 29 de setembro de 1927, em Kosice, Eslováquia é uma psicóloga que trabalha nos Estados Unidos. Filha de pais judeus húngaros, ela é uma sobrevivente do Holocausto e especialista no tratamento de transtorno de estresse pós-traumático.
É autora do livro A Bailarina de Auschwitz.
Filha de família judia, tinha o sonho de se tornar bailarina. Aos 16 anos foi levada para o campo de concentração de Auschwitz com a família.
Seus pais foram executados imediatamente na câmara de gás. Ela e a irmã sobreviveram. Edith foi encontrada pelos soldados americanos em uma pilha de corpos dados como mortos.
A Bailarina de Auschwitz é a história inspiradora e inesquecível da autora que viveu os horrores da guerra e dançou para Mengele em troca de um pedaço de pão.
Mesmo após tanto sofrimento e humilhação nas mãos dos nazistas, e tendo que lidar com as terríveis lembranças e a culpa, ela escolheu perdoá-los e seguir vivendo com alegria. Já adulta e mãe de família, optou por estudar psicologia.
Sua vida atual é na Califórnia onde trata pacientes com transtorno de estresse pós-traumático e já transformou a vida de veteranos de guerra, mulheres vítimas de violência doméstica e tantos outros que, como ela, precisaram enfrentar a dor e reconstruir a própria vida.
O livro é um relato emocionante de suas memórias. Uma história pungente de resiliência e superação. Ela nos mostra como podemos escapar da pior prisão de todas: a da nossa própria mente em busca da liberdade, independentemente da situação.
Trouxemos para você a entrevista de Edith Eger, vale a pena assistir, se comover e ler o livro
A Bailarina de Auschwitz | Canal Inconsciente Coletivo – 27:57
A Jornada de Luto, Sentimento e Cura | Dra. Edith Eva Eger | TEDxSan Diego – 14:55
Livro: A bailarina de Auschwitz – Edith Eva Eger
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Dois lados da história
A história sempre tem dois lados: neste romance, Herta Muller escritora romeno-alemão narra um episódio pouco conhecido da história recente: a perseguição de Stálin às minorias alemãs na Romênia, enviadas a campos de trabalhos forçados sob a acusação de haver colaborado com Hitler.
O contexto? Final da 2ª. guerra mundial, em 1945. Para a minoria alemã na Romênia é o início de um período de horror e silêncio.
Segundo Stálin, os povos de origem alemã deveriam pagar pelos crimes da guerra e trabalhar na reconstrução da União Soviética.
Nos cinco anos seguintes, por volta de 30 mil saxões residentes na Transilvânia foram deportados para campos de trabalhos forçados.
Os campos caracterizaram-se por condições desumanas e insalubres, e os ex-internos preferiram esquecer o que aconteceu ali.
A narrativa é sobre o jovem gay Leo Auberg, internado num campo soviético. Ali ele convive com a fome, trabalhos forçados, doenças, solidão e morte.
O livro é o resultado de uma história dolorosa e real, construída com uma escrita altamente poética, seca e pungente.
No vídeo abaixo, conheça da resenha do livro:
Tudo o Que Tenho Levo Comigo – Herta Müller | Ana Luisa Bussular – 8:00
Livro: Tudo o que tenho levo comigo – por Herta Müller
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Vamos relembrar para não voltar. E sermos gratos pela nossa longevidade saudável e livre!
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