Mulheres são comprometidas, dedicadas e têm disciplina. Ótimas qualidades para terem sucesso como empreendedoras e aprenderem sobre finanças para uma longevidade segura e feliz.
Esse é um cenário que já está se tornando realidade no nosso país.
A Fundadora da Estilo 5.0+ Cintia Yamamoto, teve um bate papo sobre Mulheres e Finanças com Katia Alecrim. Administradora e Designer de Interiores, com pós-graduação em Administração Financeira e MBA Executivo pela COPPEAD-RJ. Tem mais de 30 anos de experiência no mercado financeiro, grande parte dela no Citibank onde sua última posição foi como diretora no Citigold Private, um segmento de clientes investidores.
Aos 55 anos, Katia decidiu empreender como Sócia-fundadora da Davos Financial Partnership, uma empresa de assessoria patrimonial e de investimentos para pessoa física e jurídica.
Vamos saber mais sobre a sua trajetória desafiadora e nos inspirar!
Valores, acontecimentos tristes e desafios da vida
Katia conta sobre a importância dos aprendizados que teve de seus pais. Com sua mãe como exemplo de mulher ativa e determinada e do pai, o ensinamento sobre a importância de ser independente para poder ter liberdade de escolhas. Poder ir e vir. Os dois muito diferenciados da geração a que pertenciam.
“Cresci com essa ideia de ser independente e correr atrás das coisas.”, conta Katia.
As fases da infância e a adolescência foram tranquilas e privilegiadas com a oportunidade de estudar em ótimas escolas.
Daí, Katia passa por uma sucessão de tristes acontecimentos em sua vida com a falência da indústria de seu pai no início da sua faculdade, a morte do pai devido a um infarto algum tempo depois, o assassinato do irmão caçula aos 29 anos pela violência do Rio de Janeiro, a perda da mãe pelo acometimento de um segundo câncer e a morte do marido no acidente de avião da TAM, quando estava grávida de 5 meses e com uma filha de 1 ano e 3 meses.
Segundo Kátia, dores que trouxeram aprendizados e oportunidades de vida:
Quando aconteceu a falência da indústria de seu pai, sua mãe decidiu trabalhar para ajudar na nova situação e, com este exemplo, aos 17 anos, Katia iniciou sua vida profissional e a faculdade no mesmo ano. “Meu pai perdeu a indústria, mas me deu a oportunidade de trabalhar bem cedo.”, ressalta Katia
No mesmo dia em que sua mãe trouxe a notícia de que estava curada do primeiro câncer, seu pai faleceu. ”A família ficou ainda mais unida com a dor da perda do meu pai e continuamos trabalhando e estudando. Nesta época, participei do programa de trainee do CITI, no Rio, onde fui contratada. Eram 14 vagas para 500 candidatos. Sorte minha!
Depois do assassinato do irmão e do surgimento do segundo câncer, Katia trouxe a mãe para morar em São Paulo. Ficou grávida e teve sua primeira filha. Sua mãe infelizmente faleceu depois de 3 meses.
Fui crescendo na carreira e ganhando novas responsabilidades e o desafio de conciliar vida profissional e pessoal. Tive mais uma gravidez; um menino. Felicidade geral. Mas quando estava grávida de cinco meses, meu marido faleceu no acidente de avião da Fokker 100, da TAM. Momentos muito difíceis com a minha filha pequena e chamando pelo pai o tempo todo.
Foram meus amigos e meus gestores que me ajudaram a ter forças e a seguir em frente.
Hoje minha filha tem 26 anos, e o meu filho, 24. Ambos formados. Consegui oferecer a eles tudo o que idealizamos: boas escolas, viagens e o que eles precisaram. Mais acertos do que erros.
Aprendizados: disciplina, saber dizer não, empatia, acreditar, perseverar.
Katia comenta que cada passagem da sua vida ensinou muita coisa. Ela comenta alguns destes importantes aprendizados:
Disciplina: a disciplina é fundamental.
Saber dizer não: assumir algo que não vai dar conta não faz sentido. Diga sim para as coisas que sabe que vai dar conta.
Empatia: comoção com a dor do outro; nunca sabemos por quais dificuldades o outro está passando.
Acreditar: acreditar na gente; na nossa capacidade de conseguir superar. A vida é feita de momentos mais difíceis, outros mais fáceis e leves. Seguir em frente e olhar a vida de forma positiva.
Aprender a dizer não e a pedir ajuda: as mulheres da geração babyboomers cresceram com a missão de ter que cuidar de todos. E a não pedir ajuda.
Queremos ser a melhor mãe, a melhor profissional, a melhor de tudo, mas há momentos em que temos que pedir ajuda, mesmo dentro de casa para que as coisas fluam com facilidade.
Se preparar para onde quer chegar: é fundamental ter clareza de onde quer chegar e se preparar, se qualificar, saber o que é necessário. Se você se preparar, a sua chance de sucesso será maior. Você não pode controlar tudo, mas a sua preparação você pode e deve planejar e executar.
Desafios e experiência no mercado financeiro
O mercado financeiro sempre foi reconhecido por ser um segmento de predominância masculina e, muitas vezes com características machistas, mas a experiência de Kátia ao longo dos mais de 30 anos de vivência tem comprovado que existem diferenças entre as empresas.
Seu início de carreira foi no Banorte, onde estas características eram mais acentuadas. Já no Citi, avalia que foi uma instituição mais moderna, com mais oportunidades para lideranças femininas. Ainda assim, a medida que a pirâmide estrutural vai subindo, o percentual de mulheres na liderança ainda é muito menor, em relação a quantidade de homens.
Ela conta também que os homens se dedicam mais aos relacionamentos profissionais, dentro e fora do local de trabalho, como em happy hours que gera mais proximidade e, muitas vezes, alinhamento de decisões.
Na XP Investimentos, empresa jovem do mercado financeiro, com cerca de 20 anos, de seus quase 7.000 funcionários, 32% de mulheres, sendo que em posições de liderança elas representam 25%.
Outra característica forte do mercado financeiro é a rapidez com que os projetos acontecem e o alto volume de trabalho. Kátia nos explica como fez e faz para coordenar a vida profissional e pessoal: disciplina, organização e dedicação!
Os filhos sempre estudaram em período integral na escola. Sabendo que estavam bem assistidos, ela tinha a tranquilidade de se dedicar as responsabilidades e desafios profissionais.
Cuidar do corpo e da mente. Atividade física diária. Levantar cedo. Desenvolvi características necessárias para sobreviver.
E 18 anos fazendo análise para manter o equilíbrio.
Design de interiores: nova profissão aos 55 anos.
Me tornar designer de interiores era um projeto para uma nova vida após a aposentadoria da CLT, aos 55 anos.
Estudei, me preparei, me formei e aos 53 anos já estava formada na nova profissão.
Desvio de rota: assessoria de investimentos.
Mas, aos 55 anos, amigos me convidaram para montar uma assessoria financeira com objetivo de ajudar as pessoas a investir melhor.
Comecei fazendo o design de 5 escritórios antes de mergulhar na assessoria financeira. Num almoço com os meus sócios e o Guilherme Benchimol, Fundador e Presidente Executivo do Conselho de Administração da XP, nos explicou como queria fazer o brasileiro investir melhor. E os seus planos para isso. Saí daquele almoço com a certeza de que era o que queria fazer. E, junto com meus dois sócios, criamos a Davos – Financial Partnership.
Erros e acertos para pessoas que querem empreender após os 50 anos.
Empreender significa querer ter vontade de fazer.
Acertos: o fato de ter empreendido onde o conhecimento já estava dentro de mim facilitou bastante. Não precisei correr atrás da informação; já estava lá.
Estar com outras pessoas: se cercar de pessoas que te compreendem; unir-se a pessoas que te complementam. Começamos o negócio com 3 pessoas e agora já somos 40.
Erro: quando você empreende seu maior ativo é o tempo. O seu tempo é muito precioso. Delegar o seu tempo para outra pessoa é um erro. E não se dedicar pode ser outro erro.
Erro: no mundo corporativo vc segue alguns processos para tomada de decisões. Como empreendedora e você decide com base em premissas, elas podem não estar corretas e você perde.
Saber que errou e corrigir rapidamente é um acerto.
Mulheres e finanças – Como vai essa relação.
As mulheres da geração babyboomers, em geral, delegam a gestão das finanças para os homens mais próximos: pai, marido, amigo, parente. Mas isso já está mudando.
Atualmente, há 3.9 bilhões de investidores na Bolsa de Valores (B3). Desses, 32% têm de 26 a 35 anos. E as mulheres já representam na bolsa, 30%. Durante a pandemia, em 2020, a entrada de mulheres na bolsa foi maior do que a dos homens.
Na Davos, 70% dos clientes ainda é de homens. E 30%, de mulheres.
As mulheres hoje querem entender e cuidar do seu patrimônio. Elas são mais interessadas do que o homem. E perguntam quando têm dúvidas, ao contrário dos homens, que não perguntam.
Elas seguem as orientações e seguem em frente. A performance dos negócios das mulheres costuma ser melhor. Estão mais atentas, querem saber, conhecer, participam mais dos eventos web e de cursos online, são mais interessadas.
Algumas dicas para mulheres sobre finanças.
Não é tarde para começar a aprender. Você vai viver muito então precisa aprender a fazer a gestão do patrimônio.
- Querer aprender.
- Todas as mulheres têm conta em banco. Use esse relacionamento para aprender mais, perguntar e se interessar.
- Há muitas plataformas online, como a da XP, por exemplo, (https://xpeedschool.com.br/) com cursos, palestras e informações sobre investimentos.
- Não tenha vergonha de perguntar para pessoas que trabalham nessa área
- Busque orientação para uma vida equilibrada e uma longevidade segura e feliz.
Contato da Katia Alecrim caso você queira saber mais: Site: https://davos.co, Whatsapp – +55 11 94446-8897
Convidamos você a assistir o bate papo integral da nossa Fundadora com a Katia Alecrim acessando o canal do YouTube da Estilo 5.0+:
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