À medida em que envelhecemos, nossas necessidades vão mudando e ficamos mais sensíveis ao ambiente por onde transitávamos, dentro do nosso lar.
Nossa casa nos acompanha e acolhe em todos os momentos da vida, mas é importante modernizar e adaptar o lar quando as fases da vida mudam.
São detalhes que podem fazer a diferença para a nossa segurança. Um degrau na passagem de um ambiente para o outro, um piso escorregadio, um tapete fácil de tropeçar, um banquinho ou uma escada que usamos com a mesma volúpia do passado e sem a devida atenção, esperando por uma queda, fazem parte de um kit que pode nos causar alguns dissabores e transtornos físicos.
A novidade é que a ambientação adequada é preventiva e pode evitar acidentes e este conhecimento vem crescendo cada vez mais, afinal os maduros tem aumentado num ritmo crescente.
População 65+ no Brasil
A população idosa do Brasil (65+) é de 10,9% do total de habitantes, segundo dados do Censo Demográfico 2022, divulgados recentemente em 27/10/2023, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde 2010, quando foi realizada a última pesquisa, esse recorte da população aumentou 57,4%, maior crescimento já observado desde o início da série histórica iniciada em 1872.
Gero arquitetura e Arquitetura inclusiva
Para a arquiteta e professora Patrícia Melasso Garcia, do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário do Distrito Federal, é importante que o espaço voltado para as pessoas maduras seja acessível e inclusivo.
Segundo ela, em matéria publicada na Revista Claudia, “A arquitetura deve ser inclusiva e adaptar-se a todas as gerações. Por exemplo: um banco em uma praça deve possibilitar que um idoso sente e que uma criança também suba nele. Assim como uma faixa de calçada deve permitir que uma pessoa com deficiência ande assim como uma pessoa obesa ou com limitações à mobilidade a utilize”, explica a especialista.
Quando se trata de pensar um projeto para pessoas maduras, é necessário que alguns pilares importantes se tornem fundamentais, como a segurança, a acessibilidade e o conforto, orienta a arquiteta.
Outra profissional bastante comprometida com a ambientação dos lares para os idosos é a arquiteta Flavia Ranieri. Flávia compartilha em seu site, entre outras coisas, seus anseios com o envelhecimento e o espaço adequado para os idosos: “Quanto mais estudo sobre o envelhecimento, mais compreendo que o olhar precisa ser mais amplo. É necessário considerar as especificidades que os anos vividos nos trazem, mas de forma integrada, em um contexto intergeracional e em conjunto com a sociedade”.
Flávia acredita que projetar para a diversidade e para o envelhecimento é muito mais que simplesmente seguir normas. É mudar vidas. E, segundo ela, a gero arquitetura veio para mudar a forma como experimentamos os espaços.
Pensando na segurança e acessibilidade, reunimos algumas dicas destas arquitetas que devem levar em consideração a necessidade de cada pessoa:
- Portas com soleiras inclinadas e não com degraus
- Janelas e corrimão mais altos que impeçam quedas
- Aumento da largura de portas de salas, quartos e banheiros
- Aumento da largura dos boxes
- Inversão do sentido das portas para fora
- Pisos antiderrapantes
- Substituição da banheira por assentos ou cadeiras de banhos nos boxes
- Instalação de pequenas rampas junto a degraus e escadas ou elevadores pequenos quando a habitação comporta.
- Escolher a altura do sofá Ideal que facilite a movimentação do sentar e levantar
- Definir a metragem ideal de moradia
O Brasil está se preparando para o envelhecimento muito lentamente; ainda não temos a cultura da longevidade.
Mas envelhecer não deve ser limitante para uma vida ativa!
Importante é buscar o conhecimento e fazer as adaptações para uma vida mais plena e feliz!
Quer saber mais sobre como adotar novos hábitos para revitalizar sua vida? Acesse: https://estilo5ponto0mais.com.br/?s=longevidade+saud%C3%A1vel
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Time Estilo 5.0+
Fontes: