O que é endometriose?
De acordo com artigo publicado na Revista Claudia edição de junho/2024, “endometriose é a doença em que o endométrio, o tecido que reveste o útero, se espalha para fora do órgão, especialmente na pelve, como ovário, tubas, intestino e bexiga”.
Sintomas
“Dor menstrual, dor na relação sexual, disfunção miccional e evacuatória, dor pélvica crônica e dificuldade para engravidar. Atenção: 10% das portadoras são assintomáticas”.
Tratamento
“O tratamento é individualizado e multidisciplinar: pode ser clínico e, em alguns casos, cirúrgico. O clínico pode envolver o uso de hormônios para bloquear a mestruação junto com a mudança no estilo de vida”.
Em outra fonte, segundo matéria publicada no site da Rede D´Or, Hospital São Luiz, “o útero é revestido pelo endométrio, um tipo de tecido que é afetado diretamente pelos hormônios, engrossando sua espessura e sendo expelido do corpo conforme o ciclo menstrual da mulher. O endométrio é o que permite, por exemplo, que o óvulo se instale ali para que possa ser fecundado pelo espermatozoide, gerando uma gravidez.
Quando esse tecido cresce fora do útero, em regiões da cavidade abdominal, como os ovários e a bexiga, a paciente é diagnosticada com endometriose.
A paciente pode, inclusive, ter endometriose intestinal, que acontece quando parte do tecido do útero cresce no reto e no intestino grosso”.
Impacto na Saúde e no Bem-Estar
A endometriose pode causar impacto significativo na qualidade de vida, incluindo dor crônica e dificuldades de fertilidade.
Pode levar a questões emocionais, como ansiedade e depressão, devido ao impacto físico e às limitações que pode impor.
Tratamento mais humanizado pode ser alternativa à cirurgia
A ginecologista Bárbara Murayama, cirurgiã minimamente invasiva, especialista em endoscopia ginecológica, professora de ioga e ativista do movimento físico e da alimentação saudável, explica que o tratamento mais humanizado pode ser alternativa à cirurgia.
“Na faculdade de medicina aprendemos a tratar doenças. Recebemos pouca ênfase para cuidar do ser humano. Todos os dias, vejo pacientes com casos mais graves que já passaram por vários colegas que só oferecem retirar o útero. Estamos falando de doenças benignas. O primeiro tratamento deveria ser clínico. Quando esses falham, daí, sim, indicaremos opções cirúrgicas”.
A própria médica também passou por um processo doloroso de descoberta e tratamento da endometriose. Foi a partir daí que decidiu estudar alternativas para a sua própria cura e para o melhor acolhimento das mulheres que passariam pelo seu consultório.
“… não faltam exemplos na literatura médica que mostrem os vieses de gênero que existem entre médicos. Uma pesquisa da Universidade da Filadélfia, que examinou o atendimento em quase mil pronto-socorros, mostrou que mulheres recebem muito menos remédios contra a dor do que homens quando dão entrada com dores abdominais.”
“Uma pesquisadora do MIT (Massachusetts Institute of Technology) deu uma entrevista falando exatamente isso, contando que sofreu muito para tratar a endometriose, e que passou por diversas cirurgias. Ela citou a falta de interesse por parte de homens líderes dessa comunidade para compreender e solucionar doenças estritamente femininas”, resume a Dra. Bárbara, em entrevista para a Revista Claudia.
Mudanças no Estilo de Vida
Dieta anti-inflamatória, exercícios regulares e técnicas de gerenciamento do estresse podem ajudar.
Gabriela Raini, nutricionista e acupunturista e especializada em saúde da mulher, declarou em entrevista para a mesma matéria da Revista Claudia que “há vários estudos sinalizando melhora nos sintomas quando as mulheres passam a comer melhor: mais frutas, fibras e vegetais e menos alimentos processados, carnes e embutidos”.
O encontro da Gabriela com a acupuntura e a nutrição também surgiu da sua experiência pessoal com a endometriose. “Não quis fazer tratamento hormonal. Comecei a praticar esporte com mais frequência, reorganizei minha agenda pessoal e profissional, mexi nos padrões de sono e de consumo de bebida alcoólica, acertei a alimentação e minha doença estacionou. Hoje vivo muito bem, sem dor e com muita qualidade de vida”, declarou Gabriela.
Endometriose em Mulheres Maduras
- Menopausa e Endometriose: Os sintomas podem mudar na menopausa. Algumas mulheres podem notar uma melhora, mas a endometriose pode persistir mesmo após a menopausa.
- Fertilidade: Se a endometriose afetou a fertilidade, opções como a fertilização in vitro podem ser consideradas.
Autocuidado e Estratégias de Enfrentamento
- Cuidados com a Saúde Mental: Praticar técnicas de relaxamento, como meditação, yoga, acupuntura e a prática de esportes podem ajudar a gerenciar o estresse e a dor.
- Acompanhamento Médico Regular: Manter um acompanhamento regular com o ginecologista é crucial para monitorar a condição e ajustar o tratamento conforme necessário.
Assista o vídeo do Dr. Drauzio Varella para saber mais sobre endometriose:
Dor exagerada pode ser endometriose:
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Estilo 5.0+
Fontes
https://claudia.abril.com.br/saude/o-impacto-do-diagnostico-tardio-das-doencas-uterinas/