Agorafobia: medo de multidão. Saiba mais

Agorafobia medo de multidão

Você tem medo ou conhece alguém que não se sinta bem em aglomerações ou em lugares fechados?

Você não está sozinha.

Tornou-se comum encontrar pessoas que não se sentem bem em locais fechados ou com muitas pessoas. Nessas situações, muitas relatam ter crise de ansiedade ou ataque de pânico e querem logo sair do ambiente e, por isso, preferem ficar quase sempre em casa. Ou em lugares aonde tenham algum controle.

Segundo a psicoterapeuta Dra. Blenda Oliveira, esse pavor pode ser visto como algo que surgiu durante a pandemia quando a recomendação era ficar em casa para evitar o contágio da Covid. “Só que isso também fez o nível de ansiedade das pessoas subir muito e, por essa razão, desencadeou quadros de pânico e de fobia, inclusive de multidões e de lugares fechados” declara a Dra. Blenda.

Isso tem nome Agorafobia. Segundo o psiquiatra Rodrigo Huguet, da Rede Master Dei de Saúde:  “trata-se de um transtorno que faz com que a pessoa tenha medo e sinta ansiedade em lugares onde, no entendimento dela, a rota de fuga seja difícil ou onde tenha pouca possibilidade de receber ajuda caso se sinta mal”, esclarece. “Normalmente isso acontece em lugares muito cheios, fechados ou mesmo em espaços amplos e vazios. Em casos mais graves, a pessoa tem receio de sair de casa sozinha.”

A diferença entre a Agorafobia e a síndrome do pânico é que quem tem a primeira, tem medo de lugares ou situações específicas, enquanto quem tem a Síndrome do pânico apresenta crises inesperadas independentemente de onde ou o que estiver fazendo.

Agorafobia: sintomas, causas e tratamentos

  1. Sintomas – podem ser tanto físicas como emocionais. Normalmente é um medo desproporcional à ameaça real e causa sofrimento e prejudica as relações sociais. Alguns exemplos:
  • Sente medo acentuado persistente ou ansiedade quando está em um local fechado, como loja, teatro, agência bancária, ou sala de aula, espaço de eventos, dentre outros ou mesmo em locais ao ar livre como em shows e parques no meio da multidão que pareçam difíceis de sair;
  • Está em um espaço aberto com outras pessoas estranhas (estacionamentos, parques, etc)
  • Insegurança e tensão ao utilizar transporte coletivo como ônibus ou metrô;
  • Medo de sair de casa sem a companhia de uma pessoa conhecida
  • Dificuldade para dormir;
  • Aperto no peito, palpitações e falta de ar;
  • Aumento da pressão arterial e sudorese;
  • Dores de cabeça, musculares e enjoos.
  1. Causas – pode ocorrer sem causa específica, mas alguns fatores podem contribuir para a doença:
  • Ambiente ou situações de estresse;
  • Eventos traumáticos, como morte de familiar próximo ou agressão durante a infância;
  • Abuso de substâncias químicas, como a dependência de álcool;
  • Histórico de transtornos de ansiedade ou depressão na família;
  • Existência de outros tipos de transtorno de ansiedade.
  1. Diagnóstico – Consultar um psicólogo ou psiquiatra especializado em transtornos de ansiedade para obter diagnóstico e tratamento adequados.
  2. Tratamento – Normalmente é feito com a combinação de psicoterapia e medicamentos de acordo com cada caso.

Uma das alternativas que tem sido eficaz no tratamento da Agorafobia é a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Ela concentra-se em ensinar habilidades específicas para melhor tolerar a ansiedade, desafiar diretamente as preocupações e retornar gradualmente às atividades que a pessoa evitou por causa da ansiedade, mas deve ser avaliada pelo Psicólogo.

Você pode incorporar algumas destas práticas no seu dia a dia para ajudar a manter o equilíbrio e o bem-estar e evitar ou reduzir os sentimentos de medo, ansiedade e estresse:

  • Pratique Técnicas de Relaxamento – Aprender técnicas de relaxamento, como respiração profunda, meditação e yoga, para reduzir a ansiedade e o medo em situações desafiadoras.
  • Faça exercícios com regularidade – Manter uma rotina de exercícios físicos, como caminhadas, natação, yoga ou outra atividade que dê prazer, para melhorar o humor e reduzir a ansiedade.
  • Estabeleça Metas Realistas – Definir metas alcançáveis para enfrentar gradualmente as situações temidas, em vez de evitá-las completamente.
  • Mantenha um diário de pensamentos – Registrar pensamentos e emoções relacionados à agorafobia pode ajudar a identificar padrões negativos e desenvolver estratégias para lidar com eles.
  • Tenha uma rede de apoio – Buscar o apoio de amigos, familiares e grupos de apoio pode ser reconfortante e encorajador durante o processo de tratamento.
  • Mantenha um estilo de vida saudável – Priorizar uma dieta equilibrada, sono adequado e evitar substâncias como álcool e tabaco pode contribuir para o bem-estar geral e ajudar no tratamento da agorafobia.
  • Seja gentil consigo mesma

Reconhecer que o processo de enfrentar a Agorafobia pode ser desafiador e exigir tempo e esforço, mas é possível superar com paciência e determinação.

Lembre-se: cada pessoa é única, então é importante adaptar essas estratégias de acordo com suas necessidades individuais e sempre buscar orientação profissional quando necessário.

Se quiser saber mais sobre esse e outros temas para as Mulheres 50+ interessadas, conectadas e curiosas:

  • inscreva-se no nosso Canal do Youtube, dê um like e ative o sininho para receber as notificações de novos vídeos!
  • continue acompanhando o nosso site
  • siga nossas páginas no Instagram e Facebook.

Venha participar com a gente da revolução da longevidade, interagindo e sugerindo conteúdos que vocês gostariam de ver em nossos canais!

Um abraço!

Time Estilo 5.0+

Fontes:

Revista Viva Saúde – Edição 239 – janeiro 2024 https://www.vittude.com/blog/agorafobia/

https://nav.dasa.com.br/blog/agorafobia

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *