
Para muitas mulheres que sofre, com alguma doença crônica, como o câncer, ela pode se perguntar: por que comigo? Ou para que comigo?
A melhor resposta costuma ser: “Para que comigo” que nos leva a reflexão de algum aprendizado que esse período doloroso pode trazer, como se desligar do materialismo, cuidar mais de si mesma, desenvolver a fé, o amor para com o próximo e para consigo mesma, ser mais caridosa, ter mais compaixão, dar mais valor à vida e por aí vai.
Recentemente nos deparamos com a história de duas mulheres muito conhecidas do meio artístico e que se destacaram pelo olhar otimista e de fé perante uma doença crônica como o câncer.
Heloise Perissé:
Uma das atrizes de comédia mais carismática do país, referência na TV, Teatro e no cinema. Ficou anos em cartaz com a peça Cócegas em parceria com Ingrid Guimarães.
Foi diagnosticada com um tumor raro nas glândulas salivares em 2019. Na época, após o susto inicial, passou por todo o tratamento necessário. Para ela, o maior desafio foi encontrar motivação e leveza para continuar vivendo.
“A vida, às vezes, nos coloca diante de um xeque-mate, nos encurrala. Mas são nesses momentos que somos levados a olhar para dentro”, afirmou Heloisa Perissé num evento que reuniu pacientes oncológicos e médicos.
“Como tudo na vida tem dois lados, mesmo algo tão perturbador como um câncer, pode trazer muita coisa boa. É uma notícia devastadora: depois de você receber esse diagnóstico, nada será como antes. É verdade. Mas a vida é um pêndulo. Tudo que vai de ruim para um lado, volta de melhor para o outro. Na mesma proporção. Acredite”.
Após o resultado da cura, após 5 anos, ela declarou: “Quis muito comemorar, passar adiante como foi esse momento na minha vida, que foi muito delicado. A oportunidade que me dei de acessar meu lado lúdico, minha criança naquele momento foi fundamental, porque não é fácil”.
Cinco anos depois de terminar o tratamento, decidiu escrever o livro Cheia de Graça: uma jornada de humor, amor e cura” onde conta toda a sua jornada. Quer levar seu otimismo e alegria para as pessoas que possam estar vivenciando o mesmo problema, ou simplesmente se esquecerem de olhar para si mesmas.
“É um momento para comemorar. Sinto um renascimento, em nome de Jesus”, desabafa Heloísa, que se apegou à fé durante o processo. “Sou cristã, sem religião. A fé na vida é o meu norte, como subir uma escada sem ver o resto”, filosofa ela, que não teve tempo de pôr no livro a reviravolta mais recente: o término do casamento com o diretor Mauro Farias, 63, que, entre idas e vindas, durou quase 25anos.
Heloisa segue ativa com a carreira no teatro e no cinema, onde atua com a sua filha mais nova, Antônia Périssé, 18, mais conhecida como Tontom, no filme “Deu Preguiça”. As duas são dubladoras da animação, que estreou em março/2025.
A filha mais velha, Luísa Périssé também é atriz e apresenta o programa Desencontro de Gerações ao lado de sua mãe no GNT. Ela também viveu Dercy Gonçalves na série minissérie “Dercy de verdade”, dividindo papel com Heloísa Périssé e Fafy Siqueira.
Família engajada e bem-humorada mostrando que mesmo uma doença crônica e cruel pode trazer união na família e um novo recomeço!
Cheia de graça: Uma jornada de humor, amor e cura
Ana Furtado:
Apresentadora, jornalista e atriz brasileira. Casada com José Bonifácio Brasil de Oliveira, Diretor de Televisão, mais conhecido como Boninho, com quem compartilha atualmente um comercial de TV de um banco.
Em maio de 2018 revelou que estava com câncer de mama. E em, 17 de dezembro de 2018, estava curada!!
Lições importantes: Ana fala que o câncer “veio para me ensinar muita coisa. No primeiro momento veio como um vilão. Destruiu para construir uma nova Ana”. Segundo ela o que mudou depois do câncer foi a sua relação consigo mesma. “Mais carinhosa com ela mesma, mais amorosa, menos crítica, mais leve”
“O câncer não apareceu na minha vida para me matar, mas para me salvar. Hoje sou uma pessoa transformada”, afirma.
A transformação passou a ser a palavra-chave quando Ana entendeu que precisava encarar a doença como uma mensageira e transformá-la em uma visita indesejada – a partir disso, ela ressignificou até mesmo a sua maneira de agir como paciente.
“Eu entendi que o câncer não seria meu inimigo, porque eu não daria esse poder a ele”, diz. “Eu acredito que essa doença nunca mais vai me encontrar, principalmente porque eu aprendi e mudei muitos hábitos com ela, e ela não está mais convidada a participar da minha vida.”
Outro aprendizado desse período, segundo Ana entender que deve que passar a viver um dia de cada vez. “Defini que eu precisava ressignificar minha vida. E, me ressignificando, me coloquei no melhor lugar onde eu poderia estar que é no protagonismo da minha vida”, afirma.
Ao se abrir e aproximar sua realidade a de tantas outras mulheres, Ana deu início a um movimento de identificação que passou a inspirar quem quer se aproxime da sua história
“Ser famosa não me imunizou para um câncer. Quando contei, a coisa mais incrível foi a manifestação de várias mulheres que me diziam ‘que bom que você se abriu, porque assim eu sei que não estou sozinha… porque o câncer é uma doença que te isola, que te impõe um monte de coisa ruim e a solidão é uma delas”, conta.
Uma pausa na carreira
Após 27 anos, resolveu dar uma pausa na sua atuação na TV e se dedicar a si mesma, a fazer as coisas que fazem sentido para ela neste momento.
Ana Furtado escreveu um livro sobre esse período com a intenção de ajudar outras mulheres que tiveram ou estão com câncer. “Até nunca mais”, onde narra como uma carta de despedida a jornada oncológica que começou em 2018, quando recebeu o diagnóstico.
Até nunca mais: Como aceitei, resisti e superei um câncer
Enfrentando seus medos
Segundo o Dr. Bernie Siegel, médico especialista em doenças terminais e que ajuda suas pacientes a viverem bem entre as consultas, no seu livro Viver Bem Apesar de Tudo, dá algumas orientações preciosas:
“Viver com saúde e continuar assim requer o confronto com seus medos. Quando você aprende a lutar por sua vida e a lidar com seus temores, a paz de espírito se instala, pois você sabe o que fazer com o futuro”.
“Não espere o seu cabelo crescer de novo. Faça as coisas que quer fazer agora, porque nunca se sabe o que o futuro nos reserva. Não adie a vida. Viva agora. A vida só existe no momento presente”.
Ajudar os outros: “Quando você faz as coisas por amor, em vez de fazê-las por obrigação, fica espantadíssima com os resultados. “Se quiser fazer algo por amor, faça. Você será recompensado. Se for por amor, você dispuser de duas horas por semana para fazer coisas por pessoas que não conhece, vai ter uma vida mais longa e mais sadia”. Com mais propósito e significado.
O livro é resultado de um trabalho de pesquisa e prática realizado em conjunto com os próprios pacientes.
Viver bem apesar de tudo: desfrutando a vida durante o tratamento- Bernie Siegel
A doença transforma? A doença pode transformar para melhor. Mas é preciso cuidar da mente e não descuidar de você durante todo o processo.
E acordar todas as manhãs e dizer: “estou feliz por estar vivo. Posso fazer deste dia o melhor de todos”. Porque todo dia é dia de renovar a vida e apreciar a vida.
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Estilo 5.0+
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ana_Furtado
https://veja.abril.com.br/coluna/veja-gente/heloisa-perisse-expoe-em-livro-suas-recentes-agruras
Vídeos
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Dra. Paula Frederichi – médica – como a gente escolhe levar a nossa vida
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