Mulher Madura, a vida é plena e cheia de desafios. Tece uma teia invisível de energias, seres e oportunidades que nos envolve e nos impulsiona rumo à realização do nosso propósito.
Como defendia o Filósofo Lúcio Seneca sobre a brevidade da vida: “A vida não é breve, mas nós desperdiçamos a vida quando não temos um propósito ou uma vida com significado.”
Às vezes, nos sentimos perdidas, desconectadas dessa teia, como se estivéssemos à deriva em um mar de incertezas. Mas a conexão nunca se perde e pode ser fortalecida.
Nesta fase da vida, a maturidade, onde a sabedoria e a experiência se unem à intuição, você possui a chave para se religar a essa teia e redescobrir a magia da existência, de um propósito. Permita-se desacelerar, silenciar a mente e ouvir a voz do seu coração para saborear a vida e não a desperdiçar.
Esforço individual vale mais que o coletivo?
Ao longo da vida, ouvimos muitos “slogans” da sociedade capitalista ocidental que pregavam o esforço do indivíduo como força exclusiva para alcançar o que se desejava. Exemplo? “Just Do It”: slogan da Nike: forte estímulo para o esforço individual: você consegue.
E tantos outros que podem ecoar na nossa cabeça até hoje.
“Mas será realmente possível segurar todo esse peso sozinho sem quebrar ou ao menos trincar?” pergunta a psicóloga Ana Luísa de Araújo Dias, mestra em Saúde Comunitária pela Universidade Federal da Bahia (UFBAJ), para a matéria da Revista Vida Simples sobre “Confiar na vida”.
E esse esforço individual muitas vezes “nos remete ao cansaço e à frustração que surgem quando perseguimos o mito de que o sucesso depende apenas de nós”.
Desapega!! “O taoísmo, tradição religiosa do Leste Asiático, propaga a ideia de esvaziar o coração do excesso de apegos, preferências e referências a fim de liberar espaço para que as nossas transformações estejam alinhadas às constantes mudanças do Universo”, diz Wagner Canalonga, mestre regente da Sociedade Taoista de São Paulo.
“Em vez de forçar a barra em cima daquilo que queremos, podemos diminuir no nosso coração o excesso de desejos e contemplar o que verdadeiramente nos é essencial”.
A teia da vida
“Nossos caminhos não são predeterminados, mas nós temos o papel de escolher a força ou a leveza, ajustar de que modo a gente está segurando esse futuro” diz a psicóloga Ana Luísa de Araújo.
Ela ressalta a noção de circularidade trazida pelas filosofias africanas em contraposição à ideia de um caminho reto e para o alto e avante, como estimulado nas sociedades ocidentais.
“Isso contraria essa lógica de que ‘eu vou’, ‘eu faço’, ‘eu quero’, ‘eu consigo’ porque eu preciso olhar que há algo muito maior do que eu mesma, do que a minha existência aqui, que é ponte desse passado e do que virá.”
“A ideia de que uma pessoa pode fazer sua trajetória de “sucesso” sozinha é tóxica, fonte de uma insatisfação crônica, insufla o desejo contínuo de conquistas e se opõe à fragilidade”, alerta o doutor em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e escritor Renato Noguera.
Na filosofia sul-africana ubuntu, cita ele, a força está na comunidade, coletivo que deve englobar não apenas os vivos, mas também os ancestrais e os que ainda virão; a solução para o individualismo exacerbado.
Integrar ao invés de separar
“O ser humano como o centro de tudo, senhor absoluto da realidade, faz parte da lógica separatista construída na modernidade”, explica Aurino Ferreira, professor de psicologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPEJ), onde coordena o Núcleo Educação e Espiritualidade.
“Nessa perspectiva, humano e natureza, corpo e espírito, mente e matéria são tidos como entidades distintas, quando, na verdade, esses elementos estão interligados”.
“A pandemia e a crise climática são prenúncios gritantes dessa falha da lógica de separação. No entanto, a gente segue insistindo nela”, pontua. E acrescenta: o que é vendido como força pode nos enfraquecer e limitar.
“A gente pensa que pode sobreviver sem a natureza. Essa lógica de super-homens e supermulheres que podem dar conta de tudo limita as possibilidades de expansão dos sujeitos.”
Como você se sente quando as coisas não saem do jeito que você planejou? Na verdade, é impossível dizer se algo que acontece na nossa vida é realmente bom ou ruim. Porque você nunca vai saber quais serão as consequências de algo que não saiu como planejado ou como você queria.
Renunciar ao controle pode ser desconfortável a princípio, mas nos conecta com a imensidão.
Pesquisamos alguns vídeos para inspirar você a saborear a vida e não desperdiçar!!
Qual o propósito da sua vida? |Jornalismo TV Cultura | Pondé- Miriam Goldenberg -12:04
Lúcia Helena Galvão: Como viver um dia feliz
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A vida gosta de quem tem Coragem! | Ana Beatriz- 04:09
Mulher Madura: você é parte integrante dessa teia de energias, um ser único e essencial. Acredite na magia da vida, na força que habita em você.
Como diz Mirian Goldenberg, Antropóloga e Escritora: “A vida não é breve, mas podemos desperdiçar o nosso tempo quando não saboreamos cada minuto da nossa vida.”
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Estilo 5.0+
Fontes:
edição 272 da revista vida simples- outubro 2024
